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Klabin espera obter preços maiores após fim de contrato com Fibria

Segundo executivos da Klabin, o fim do fornecimento de celulose para a Fibria ocorrerá ao longo dos próximos cinco meses

Fábrica da Klabin: As units da Klabin exibiam queda de 0,29 por cento às 11h40, enquanto o Ibovespa tinha oscilação positiva de 0,06 por cento. (Denis Sinyakov/Reuters)

Fábrica da Klabin: As units da Klabin exibiam queda de 0,29 por cento às 11h40, enquanto o Ibovespa tinha oscilação positiva de 0,06 por cento. (Denis Sinyakov/Reuters)

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Reuters

Publicado em 30 de novembro de 2018 às 12h01.

São Paulo - A Klabin espera conseguir aumento de 5 por cento no preço da celulose que passará a vender diretamente a clientes na Europa e na Ásia a partir do primeiro trimestre do ano que vem, após o fim do contrato de fornecimento do produto para a rival Fibria, que está sendo incorporada pela Suzano

"Não vamos focar em grandes contas. Vamos focar em clientes de até 100 mil toneladas por ano. A média dos contratos deve ser de 12 mil a 50 mil toneladas por ano, o que traz oportunidade significativa de trazer valor para a companhia por meio de um maior preço médio de venda", disse o diretor comercial de papéis da Klabin, Flavio Deganutti, em apresentação a investidores e analistas nesta sexta-feira.

"Com 900 mil toneladas de volume adicional, não precisamos estar alinhados com grandes contratos. Estimamos ter 5 por cento de aumento no preço", disse Deganutti, referindo-se ao volume do contrato acertado com a Fibria em 2015 e que foi rompido na véspera, como condição para que a União Europeia aprove a incorporação da Fibria pela Suzano.

Segundo executivos da Klabin, o fim do fornecimento de celulose para a Fibria ocorrerá ao longo dos próximos cinco meses e não deve afetar o mercado como um todo, uma vez que as 900 mil toneladas já estão sendo comercializadas.

Sobre os investimentos futuros, o presidente da Klabin, Cristiano Teixeira, afirmou que a diretoria da companhia segue trabalhando em plano que envolve a instalação de duas novas máquinas de papel pela companhia, que devem entrar em operação em 2021 e 2023, algo que pode consumir investimentos de cerca de 2 bilhões de dólares.

Teixeira disse que a diretoria, que está analisando há meses o plano de investimento, está focada em tornar uma das máquinas mais flexível, sendo capaz de produzir papel kraftliner ou papel-cartão, dependendo das condições de mercado que tragam melhor retorno para a companhia.

"Por causa dessa flexibilidade que queremos conseguir (...)seguramos um pouco para estudarmos melhor", disse o executivo, sem dar prazo sobre quando o plano finalizado será entregue ao conselho de administração da Klabin para aprovação.

Por ora, o plano envolve uma máquina de papel de gramatura baixa, de 80 a 90 gramas, com foco em competitivdade no mercado industrial, disse Teixeira. A segunda máquina será capaz de trabalhar com gramaturas mais pesadas, de 200 a 400 gramas, afirmou o executivo.

Questionado sobre oportunidades de fusão e aquisição no Brasil, o presidente da Klabin afirmou que a companhia não tem um par complementar como a Suzano teve ao conseguir fechar acordo para incorporar a Fibria e, por isso, aproveitará oportunidades apenas se os preços forem baixos.

"A capacidade de geração de valor que existe na fusão de Suzano e Fibria é enorme, talvez uma das maiores do mundo. Isso não é tão óbvio para a Klabin. Não temos um par tão evidente no Brasil ou América Latina (...) mas se tiver oportunidade de preço baixo a gente entra, caso contrário não seremos agressivos em consolidação."

As units da Klabin exibiam queda de 0,29 por cento às 11h40, enquanto o Ibovespa tinha oscilação positiva de 0,06 por cento.

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