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Justiça prorroga prazo para acordo da BHP e Vale sobre Samarco

Acordo para uma ação de 155 bilhões de reais decorrente do desastre da Samarco em 2015 terá prazo para até 30 de outubro

BHP ainda anunciou que aprovou 174 milhões de dólares em ajuda financeira para a Fundação Renova (Foto/AFP)

BHP ainda anunciou que aprovou 174 milhões de dólares em ajuda financeira para a Fundação Renova (Foto/AFP)

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Reuters

Publicado em 30 de junho de 2017 às 08h25.

Última atualização em 30 de junho de 2017 às 11h48.

São Paulo - A BHP Billiton e a Vale ganharam um prazo extra de quatro meses da Justiça para negociar um acordo para uma ação de 155 bilhões de reais decorrente do desastre da Samarco em 2015, informaram as mineradoras nesta sexta-feira.

A BHP disse ainda que é improvável que a Samarco consiga retomar suas operações ainda neste ano devido ao tempo necessário para a reestruturação das dívidas da empresa e para a obtenção das aprovações necessárias junto ao governo federal e autoridades estaduais.

"A Justiça prorrogou o prazo final para negociação de um acordo até 30 de outubro de 2017", disse a BHP. O prazo anterior para a negociação venceria nesta sexta-feira.

A Samarco é uma joint venture entre a BHP e a Vale.

Segundo a Vale, a nova data foi concedida após pedido das partes envolvidas, e durante o período serão prorrogadas as garantias previstas em acordo preliminar com as autoridades, bem como a contratação de empresas especializadas para monitorar programas de recuperação dos danos, que têm sido implementados pela Fundação Renova.

A BHP ainda anunciou que aprovou 174 milhões de dólares em ajuda financeira para a Fundação Renova, estabelecida para ajudar nas reparações a comunidades afetadas pela tragédia.

Além disso, a mineradora anglo-australiana ainda disponibilizará um empréstimo de curto prazo de 76 milhões de dólares para a Samarco conduzir os trabalhos de estabilização e compensação.

O colapso da barragem da Samarco em Mariana (MG), em novembro de 2015, causou o maior desastre ambiental da história do Brasil, deixando 19 mortos e centenas de desabrigados. A lama poluiu o importante rio Doce, que percorre diversas cidades para desaguar no litoral do Espírito Santo.

As autoridades brasileiras entraram com acusações contra mais de 20 pessoas por seus papéis na tragédia, acusando as empresas de terem ocultado sinais de que a barragem não era segura, que teriam aparecido anos antes do colapso da estrutura.

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