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Julius Baer aumenta fatia na gestora brasileira GPS

Acordo reforça o compromisso do Julius Baer para ganhar maior acesso aos mercados da Ásia e da América do Sul

Julius Baer: baer busca aumentar seus ativos sob gestão em mercados emergentes para 50 por cento em 2015 (Valentin Flauraud/Bloomberg)

Julius Baer: baer busca aumentar seus ativos sob gestão em mercados emergentes para 50 por cento em 2015 (Valentin Flauraud/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 25 de março de 2014 às 08h56.

Zurique - O banco suíço Julius Baer aumentou sua aposta no maior mercado de gestão de fortunas da América Latina com a compra de uma participação majoritária na brasileira GPS por estimados 100 milhões de francos suíços (113 milhões de dólares), parte de um impulso para se expandir no exterior.

O acordo reforça o compromisso do Julius Baer para ganhar maior acesso aos mercados da Ásia e da América do Sul, num momento em que a repressão à evasão fiscal atinge as atividades de private banking - que presta serviços sob medida para pessoas ricas - na Suíça.

O Baer busca aumentar seus ativos sob gestão em mercados emergentes para 50 por cento em 2015, disse o banco, sem revelar o percentual atual.

O banco suíço elevou sua participação na GPS Investimentos Financeiros e Participações a 80 por cento de 30 por cento que havia comprado em maio de 2011, disse nesta terça-feira.

O movimento segue um investimento de sucesso até o momento. A GPS é a maior gestora independente no Brasil e dobrou seus ativos sob gestão nos últimos três anos, para cerca de 15 bilhões de reais.

O Baer não revelou o preço da transação, mas disse que o acordo reduzirá um importante índice de capital em 60 pontos base.

Dado que o Baer tem 15,9 bilhões de francos suíços em ativos ponderados pelo risco, o analista Dirk Becker, da Kepler Cheuvreux, estimou que o banco tenha pago cerca de 100 milhões de francos pela fatia adicional de 50 por cento de participação, avaliando a GPS como um todo em 200 milhões de francos.


O Baer disse que a transação deve dar um impulso de um dígito percentual baixo no seu lucro ajustado por ação de 2014.

"A GPS é rentável e não há necessidade de reestruturação ou de integração. Acreditamos que a contribuição para o lucro será de 10 a 15 milhões de francos, um retorno decente sobre o preço de aquisição de 100 milhões", disse Becker.

Fundada em 1999, a GPS emprega cerca de 120 funcionários e tem registrado crescimento rentável ao longo dos últimos dez anos. Buscar a base de brasileiros ricos é uma estratégia que está sendo perseguida por rivais maiores, como o UBS, maior private bank do mundo em ativos.

O Baer disse que os atuais sócios da GPS vão continuar a liderar o negócio durante a sua integração ao banco suíço, e que a gestora seguirá operando com a marca GPS.

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