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Juiz manda Oi se posicionar sobre proposta da Moelis em 5 dias

A proposta, apresentada em 16 de dezembro pelo grupo, sugere maneiras para a Oi lidar com cerca de US$ 19 bi em dívidas e encerrar a recuperação judicial

Oi: o juiz aceitou o pedido da GoldenTree Asset Management, fundo do comitê diretor do grupo de credores assessorado pela Moelis (Dado Galdieri/Bloomberg)

Oi: o juiz aceitou o pedido da GoldenTree Asset Management, fundo do comitê diretor do grupo de credores assessorado pela Moelis (Dado Galdieri/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 20 de fevereiro de 2017 às 18h05.

São Paulo - A Oi terá que apresentar uma posição formal sobre o plano de reestruturação proposto por detentores de títulos representados pela Moelis & Company, de acordo com um despacho da Justiça do Rio de Janeiro obtido pela Bloomberg.

A proposta, apresentada em 16 de dezembro pelo grupo que detém a maior parcela dos títulos da operadora de telefonia brasileira, sugere maneiras para a Oi lidar com cerca de US$ 19 bilhões em dívidas e encerrar a recuperação judicial.

O juiz aceitou o pedido da GoldenTree Asset Management, fundo do comitê diretor do grupo de credores assessorado pela Moelis. A Oi terá cinco dias para cumprir a ordem.

Os credores, que trabalham com o bilionário egípcio Naguib Sawiris, propuseram investir cerca de R$ 37 bilhões (US$ 11,9 bilhões) em cinco anos para melhorar as operações, a eficiência e a qualidade do serviço.

Os detentores também recomendaram trocar R$ 24,8 bilhões em dívida por uma participação de 95 por cento na empresa, injetando US$ 1,25 bilhão em capital novo e instalando um novo conselho.

A dívida remanescente, após a troca, seria substituída por R$ 5,8 bilhões em novos títulos.

O China Development Bank Corp. e agências de crédito de exportação representadas pela FTI Consulting, com dívidas de US$ 1,6 bilhão, também se juntaram ao grupo de detentores de títulos da Moelis.

O plano de reestruturação da própria Oi, apresentado em setembro, enfrentou resistência dos credores porque não permite que eles convertam dívidas em ações imediatamente.

Só a companhia pode apresentar um plano para aprovação de credores e acionistas por meio de votação, segundo a lei de recuperação judicial do Brasil.

A proposta do grupo da Moelis também é alvo de críticas. O plano favorece o próprio comitê diretor do grupo em detrimento dos demais, disse Corrado Varoli, CEO da G5 Evercore, em dezembro. A G5 Evercore está assessorando um grupo rival de detentores de títulos, com membros como a Aurelius Capital Management.

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