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J&F nega contratação de Bradesco BBI para venda de ativos

Mais cedo uma fonte próxima à empresa e uma fonte próxima ao banco haviam confirmado esta contratação à reportagem de um jornal

J&F: a empresa está buscando bancos para vender as empresas Alpargatas, Eldorado e Vigor (Paulo Fridman/Bloomberg)

J&F: a empresa está buscando bancos para vender as empresas Alpargatas, Eldorado e Vigor (Paulo Fridman/Bloomberg)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 25 de maio de 2017 às 17h52.

São Paulo - O grupo J&F divulgou nota nesta quinta-feira, 25, negando que tenha contratado o banco Bradesco BBI para vender as empresas Alpargatas, Eldorado e Vigor.

Mais cedo uma fonte próxima à empresa e uma fonte próxima ao banco haviam confirmado à reportagem do jornal O Estado de S. Paulo esta contratação.

"A J&F Investimentos informa que não é verdadeiro o relato de que contratou o Bradesco BBI ou qualquer outro banco para a venda de ativos", disse o grupo em nota.

A J&F está buscando bancos para vender as empresas Alpargatas, Eldorado e Vigor.

Segundo a reportagem do jornal O Estado de S. Paulo, o banco Bradesco BBI já foi consultado sobre as operações.

A expectativa dos investidores é de que com a venda de outros ativos, a companhia possa centrar forças na operação da JBS que deve passar por forte turbulência com os acordos de delação, já fechado, e o de leniência que está em negociação com o Ministério Público Federal (MPF).

Por volta das 14 horas, as ações da JBS, dona da marca Friboi, subiam mais 11%, liderando as altas da Bolsa de Valores. A avaliação dos investidores é de que a operação da dona das marcas Friboi e Seara é sólida e que pode resistir à turbulência gerada pelas revelações de corrupção.

A situação financeira no grupo, entretanto, tende a ficar apertada, na medida em que os bancos tiverem que renovar as linhas de crédito para a empresa ou até mesmo com o acordo a ser firmado com o MPF.

Segundo fontes, a empresa está otimista de que o acordo seja fechado em cerca de R$ 6 bilhões ou R$ 7 bilhões, mas os procuradores estão bastante rígidos em função da péssima imagem que está sendo transmitida ao mercado com o acordo firmado com os irmãos Batista, em que eles saíram imunes dos crimes que admitiram ter cometido.

A oferta original do MPF era um acordo de R$ 11 bilhões a ser pago em dez anos.

Interessados

Segundo analistas, a tendência é que a Fibria seja a primeira interessada na Eldorado, até pela sinergia que uma aquisição como esta traria à empresa e o poder de mercado mundial que a companhia ganharia.

Mas a Fibria vai querer comprar por um preço baixo, segundo fontes.

Já a Alpargatas teria o potencial de atrair os concorrentes que foram deixados para trás na disputa em 2015.

A J&F pagou R$ 2,7 bilhões pela empresa, com dinheiro emprestado da Caixa.

A Vigor teria a empresa PepsiCo interessada. Qualquer conversa, no entanto, estaria condicionada ao fechamento do acordo de leniência.

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