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JBS prevê quarto tri melhor; momento é de gerar caixa

Para a empresa, o momento é de geração de caixa e redução do endividamento

O JBS teve prejuízo de R$ 67,5 milhões no terceiro trimestre (John Blake)

O JBS teve prejuízo de R$ 67,5 milhões no terceiro trimestre (John Blake)

DR

Da Redação

Publicado em 16 de novembro de 2011 às 13h56.

São Paulo - O grupo JBS, maior processador de carne bovina do mundo, previu nesta quarta-feira que seus resultados financeiros vão melhorar no quarto trimestre ante o terceiro trimestre, assim como no próximo ano, e avaliou que o momento da companhia é de geração de caixa e redução do endividamento.

Uma perspectiva positiva para o setor bovino nos Estados Unidos e o aumento da demanda por carne suína pela China deverão colaborar para o cenário positivo.

O grupo também espera que a demanda por frango melhore nos Estados Unidos em 2012.

"Estamos confiantes que o quarto trimestre e o ano que vem serão de bastante entrega nas unidades do JBS", afirmou o presidente do JBS, Wesley Batista, em teleconferência a analistas para comentar os resultados do terceiro trimestre.

O JBS teve prejuízo de 67,5 milhões de reais no terceiro trimestre, devido a perdas no negócio de frango nos Estados Unidos e a efeitos de variação cambial.

"Estamos muito focados no nosso negócio, estamos focados em melhoria de resultados, agregação de valor...", acrescentou Batista, lembrando que a empresa aposta também em uma campanha promocional de marketing de carne bovina in natura no Brasil.

Segundo ele, a companhia acredita ser possível agregar valor no produto in natura com qualidade e com garantia de origem.

"Isso faz parte da estratégia de agregar mais valor... com certeza o quarto trimestre e 2012 vão mostrar isso, geração de caixa e redução de endividamento", declarou.

O JBS encerrou setembro com dívida bruta incluindo a Pilgrim's Pride de 19,2 bilhões de reais, alta de 12,3 por cento sobre junho. A companhia terminou o terceiro trimestre com 5,6 bilhões de reais em caixa --valor que supera a dívida de curto prazo do grupo.


Lácteos

Questionado sobre eventual movimento de fusão e aquisição no setor de lácteos, Batista declarou: "Estamos focados no crescimento orgânico, não estamos focados em aquisição por achar que agora é momento de entrega, geração de caixa e redução de dívida".

A companhia diz ter capacidade instalada para ampliar a receita sem aquisições.

"Estamos crescendo e temos capacidade instalada para um crescimento de 30 por cento em receita no ano que vem, e esse é o nosso target em lácteos..." (Reportagem de Peter Murphy em Brasília e de Roberto Samora em São Paulo)

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