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JBS cancela planos de reorganização após negativa do BNDESPar

Holding cancelou os trabalhos que estavam sendo desenvolvidos há meses para reorganizar o grupo

JBS: empresa disse que projeto foi cancelado porque o BNDESPar se opôs à reorganização (Paulo Fridman/Bloomberg)
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Reuters

Publicado em 26 de outubro de 2016 às 10h44.

Última atualização em 26 de outubro de 2016 às 11h15.

São Paulo- A maior processadora de carne bovina do mundo JBS anunciou nesta quarta-feira cancelamento dos trabalhos que vinha desenvolvendo há meses para promover uma reorganização societária que previa a criação de uma holding que agruparia os negócios internacionais da empresa.

Em comunicado ao mercado, a companhia afirmou que a decisão foi tomada depois que o braço de participações do BNDES (BNDESPar) se manifestou contrariamente à proposta. O BNDESPar detém 20,36 por cento das ações da JBS.

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A empresa já havia pedido aprovação de detentores de bônus para a reorganização e feito registro para abertura de capital nos Estados Unidos.

O anúncio fez as ações da JBS voltarem a leilão após caírem cerca de 15 por cento, nos primeiros negócios desta quarta-feira.

Representantes do BNDES não puderam comentar o assunto de imediato.

"A JBS (...) continuará investindo no fortalecimento da sua posição como líder global no setor de alimentos em um momento de recuperação gradual da economia mundial e dos fundamentos do setor de alimentos, buscando e propondo alternativas que visem maximizar valor aos seus acionistas", afirmou a companhia no comunicado ao mercado.

O plano de reorganização foi oficialmente informado ao mercado em maio deste ano. A ideia era criar uma empresa que reuniria todas as operações internacionais da companhia fora do Brasil, além da Seara Alimentos. A expectativa era que a nova empresa, que se chamaria JBS Foods International, fosse listada na bolsa de Nova York. O grupo esperava concluir a reorganização em novembro.

A JBS Foods International reuniria uma base de ativos que vai da Argentina aos EUA, além de Reino Unido e Austrália. A nova empresa teria 35 bilhões de dólares em receita anual e 115 mil funcionários em mais de quatro continentes.

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