Executivos da empresa são acusados de ocultar perdas de US$ 1,7 bilhão (Yoshikazu Tsuno/AFP)
Da Redação
Publicado em 7 de março de 2012 às 07h11.
Tóquio - O procurador de Tóquio indiciou oficialmente nesta quarta-feira a empresa de câmeras fotográficas Olympus e seus ex-diretores, envolvidos em um escândalo financeiro bilionário.
A decisão foi anunciada ao fim de um período de detenção de 20 dias do ex-presidente Tsuyoshi Kikukawa, suspeito de ter desempenhado um papel chave na maquiagem dos números da empresa nos anos 90.
O procurador considerou que Kikukawa, 70 anos, seu ex-braço direito Hisashi Mori, 54 anos, e o ex-interventor Hideo Yamada, 67, assim como três conselheiros financeiros externos participaram na conspiração.
A mesma acusação foi apresentada contra a Olympus como empresa.
Também foram ordenadas as detenções dos três ex-dirigentes da Olympus - detidos pela primeira vez em 16 de fevereiro - e do assessor financeiro Akio Nakagawa. Eles são acusados de mentir nos documentos financeiros de 2008, 2009 e 2011.
A Comissão de Controle das Operações na Bolsa (SESC) apresentou uma denúncia na terça-feira ao procurador de Tóquio por suposta violação das regras de funcionamento do mercado.
Caso sejam considerados culpados, os indiciados podem ser condenados a penas de 10 anos de prisão ou multas de quase 10 milhões de ienes (93.000 euros), e a empresa deveria pagar até 700 milhões de ienes de multa (6,5 milhões de euros), segundo a imprensa.
No momento, a ação da Olympus continua cotada na Bolsa de Tóquio, que também investiga o caso.