São Paulo - A J&F continua em parceria com Furnas, empresa do grupo Eletrobras, para participar de leilões de novos projetos de transmissão e de geração de energia em 2013, segundo o diretor de Novos Negócios da J&F e presidente da J&F Infraestrutura, Humberto Farias.

A J&F, holding controladora do frigorífico JBS, saiu vencedora de um lote no último leilão de transmissão realizado em dezembro, por meio do fundo FIP Caixa Milão, em parceria com Furnas. O FIP teve 51 por cento de participação no consórcio vencedor e continua sendo um veículo da J&F para participações nos leilões.

"Temos uma série de projetos elencados que estamos estudando para participar nos próximos leilões...Tenho uma parceria com Furnas e estamos estudando com eles", disse Farias à Reuters, ao mencionando que avalia participar já do próximo leilão de transmissão, ainda sem data marcada, e com projetos eólicos nos próximos leilões de geração.

O FIP Caixa Milão pode chegar a um capital comprometido de até 1 bilhão de reais para investimentos no setor elétrico. Mas a J&F também poderá realizar investimentos no setor por meio da holding, explicou Farias.

O sucesso no leilão de transmissão do fim do ano passado não foi a primeira tentativa da J&F de entrar no setor. O grupo chegou a participar de leilão de energia com parques eólicos, também em parceria com Furnas e, antes disso, teve interesse nos ativos do Grupo Rede Energia.

O segmento de distribuição de energia, principal de atuação das empresas do Grupo Rede, continua no radar. "Oportunidades no mercado de distribuição são limitadas. Nós acreditamos que em algum momento vai acontecer a volta das empresas da Eletrobras à iniciativa privada...Interesse em avaliar sempre temos", disse o executivo.

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O diretor financeiro da Eletrobras, Armando Casado de Araújo, disse nesta semana que a proposta da empresa para o plano de reestruturação da companhia inclui a venda de ativos no segmento de distribuição. O plano ainda tem que ser aprovado pelo governo federal, controlador do grupo.

"Quando falamos que temos interesse em avaliar se as distribuidoras do grupo Eletrobras vierem a mercado, tenho que ver que estrutura de capital do negócio, como as empresas são tocadas, qual a relação com o regulador, como estão em relação aos índices de desempenho operacionais...", disse Farias.

Segundo o executivo, assim como foi feito no caso do Grupo Rede, a avaliação de negócios no setor de distribuição considera se uma reestruturação financeira da dívida e de capital da empresa, além de melhora na gestão do negócio são viáveis.

Farias disse que a J&F atualmente discute o orçamento que será direcionado ao segmento de infraestrutura. Ele não quis detalhar em quais projetos específicos a empresa pretende investir.