Itaú faz provisão de R$1 bi por ver ano difícil, diz CEO
Segundo Roberto Setubal, o Itaú fez provisão adicional superior a R$ 1 bilhão em 2014, prevendo um cenário difícil para as empresas em 2015
Da Redação
Publicado em 4 de fevereiro de 2015 às 15h23.
São Paulo - O Itaú Unibanco fez uma provisão adicional superior a 1 bilhão de reais no ano passado, prevendo um cenário difícil para o setor empresarial em 2015, disse nesta quarta-feira o presidente-executivo, Roberto Setubal .
Ele frisou, contudo, que o banco está confiante em seu modelo de medição de risco e que as provisões previstas para 2015 serão suficientes, mesmo com riscos potenciais decorrentes da Operação Lava Jato , que investiga o escândalo de corrupção envolvendo a Petrobras e as algumas da maiores empreiteiras do país, e de um potencial racionamento de energia no país.
"Estamos bastante confortáveis com o provisionamento, mesmo diante da conjuntura mais adversa, acompanhando as questões envolvendo a Lava Jato", disse Setubal. A preocupação maior, disse, não é com as empresas diretamente envolvidas nas investigações, mas com os possíveis efeitos disso na economia.
Em janeiro, o diretor de Controladoria e de Relações com Investidores do maior banco privado do país, Marcelo Kopel, disse à Reuters que o Itaú estava monitorando os reflexos da Lava Jato sobre a cadeia de fornecedores e que poderia fazer um reforço das provisões se necessário. Segundo Setubal, a originação mais recente de crédito pelo banco tem melhor qualidade e não há chance de os atuais níveis de calotes subirem muito, mesmo diante de uma piora da economia.
O grupo anunciou na terça-feira que teve no quarto trimestre a décima queda seguida dos calotes totais, no piso desde a fusão entre Itaú e Unibanco, em novembro de 2008. O índice medido pelo saldo de operações vencidas com mais de 90 dias foi de 3,1 por cento no quarto trimestre, ante 3,2 por cento no trimestre anterior e 3,7 por cento um ano antes.
As despesas com provisões para perdas esperadas com calotes, no entanto, somaram 4,6 bilhões de reais no trimestre, alta anual de 10,1 por cento. O avanço foi influenciado por uma provisão adicional de 670 milhões de reais no período e o banco prevê que o atual cenário econômico pode ter impacto em alguns setores.
Para 2015, o banco prevê que as despesas nessa linha fiquem na faixa de 13 bilhões a 15 bilhões de reais, a mesma indicada para 2014. As provisões no ano passado foram de 13 bilhões de reais.
De acordo com Setubal, o volume adicional de provisionamento feito em 2014 especificamente para o segmento grandes empresas superou um bilhão de reais, um volume de 3 a 4 vezes superior ao padrão histórico.
"Estamos confortáveis com nosso provisionamento", disse.
Sucessão
Setubal disse ainda que o grupo deve anunciar em abril os diretores das áreas de atacado e de varejo, dentro do planejamento sucessório da presidência. O executivo deve se manter no posto até o começo de 2017.
Por enquanto, disse Setubal, alguns assuntos estão sendo delegados por ele a outros executivos.
O presidente do Itaú Unibanco explicou também que o banco segue interessado em ampliar sua presença na América Latina, embora considere elevados os preços atuais dos ativos.
"Se houver uma queda nos preços mundiais de commodities, pode ter algum impacto e aumentar a atratividade", disse.
São Paulo - O Itaú Unibanco fez uma provisão adicional superior a 1 bilhão de reais no ano passado, prevendo um cenário difícil para o setor empresarial em 2015, disse nesta quarta-feira o presidente-executivo, Roberto Setubal .
Ele frisou, contudo, que o banco está confiante em seu modelo de medição de risco e que as provisões previstas para 2015 serão suficientes, mesmo com riscos potenciais decorrentes da Operação Lava Jato , que investiga o escândalo de corrupção envolvendo a Petrobras e as algumas da maiores empreiteiras do país, e de um potencial racionamento de energia no país.
"Estamos bastante confortáveis com o provisionamento, mesmo diante da conjuntura mais adversa, acompanhando as questões envolvendo a Lava Jato", disse Setubal. A preocupação maior, disse, não é com as empresas diretamente envolvidas nas investigações, mas com os possíveis efeitos disso na economia.
Em janeiro, o diretor de Controladoria e de Relações com Investidores do maior banco privado do país, Marcelo Kopel, disse à Reuters que o Itaú estava monitorando os reflexos da Lava Jato sobre a cadeia de fornecedores e que poderia fazer um reforço das provisões se necessário. Segundo Setubal, a originação mais recente de crédito pelo banco tem melhor qualidade e não há chance de os atuais níveis de calotes subirem muito, mesmo diante de uma piora da economia.
O grupo anunciou na terça-feira que teve no quarto trimestre a décima queda seguida dos calotes totais, no piso desde a fusão entre Itaú e Unibanco, em novembro de 2008. O índice medido pelo saldo de operações vencidas com mais de 90 dias foi de 3,1 por cento no quarto trimestre, ante 3,2 por cento no trimestre anterior e 3,7 por cento um ano antes.
As despesas com provisões para perdas esperadas com calotes, no entanto, somaram 4,6 bilhões de reais no trimestre, alta anual de 10,1 por cento. O avanço foi influenciado por uma provisão adicional de 670 milhões de reais no período e o banco prevê que o atual cenário econômico pode ter impacto em alguns setores.
Para 2015, o banco prevê que as despesas nessa linha fiquem na faixa de 13 bilhões a 15 bilhões de reais, a mesma indicada para 2014. As provisões no ano passado foram de 13 bilhões de reais.
De acordo com Setubal, o volume adicional de provisionamento feito em 2014 especificamente para o segmento grandes empresas superou um bilhão de reais, um volume de 3 a 4 vezes superior ao padrão histórico.
"Estamos confortáveis com nosso provisionamento", disse.
Sucessão
Setubal disse ainda que o grupo deve anunciar em abril os diretores das áreas de atacado e de varejo, dentro do planejamento sucessório da presidência. O executivo deve se manter no posto até o começo de 2017.
Por enquanto, disse Setubal, alguns assuntos estão sendo delegados por ele a outros executivos.
O presidente do Itaú Unibanco explicou também que o banco segue interessado em ampliar sua presença na América Latina, embora considere elevados os preços atuais dos ativos.
"Se houver uma queda nos preços mundiais de commodities, pode ter algum impacto e aumentar a atratividade", disse.