Indústria automotiva chinesa busca expandir para Europa
Montadoras do país compram marcas e fábricas para expandir sua presença no continente
Da Redação
Publicado em 17 de fevereiro de 2012 às 14h36.
Paris - Os fabricantes de automóveis da China têm tentado penetrar no mercado europeu através da compra de marcas e fábricas, após uma falida primeira tentativa feita há alguns anos.
A Great Wall Motor lançará oficialmente na terça-feira a produção em sua fábrica de Bahovitsa, no nordeste da Bulgária, onde pretende produzir três modelos: o Voleex C10, o 'pick up' Steed 5 e o 4x4 Hoover H5.
Os preços oscilarão entre 8.000 e 14.700 euros.
O construtor chinês reforçará assim sua expansão no exterior. A empresa já conta com uma dezena de fábricas fora da China, segundo seu site na internet, e aspira a uma capacidade de produção de 500.000 unidades fora de suas fronteiras até 2015.
A Great Wall Motor não é o único que quer lançar-se no mercado europeu, apesar de este estar saturado e com expectativa de redução das vendas este ano.
"É uma maneira de eles progredirem em termos de qualidade", explica Yann Lacroix, analista da Euler Hermes.
Outro construtor chinês, Chery, já colocou um pé na Itália através da sociedade local DR Motor. Esta última, que há anos monta veículos de seu sócio chinês, comprou ao final de 2011 uma fábrica da Fiat localizada em Termini Imerese, na Sicília.
Este construtor chinês também se apropriou de uma marca específica, Qoros, desenvolvida a partir de uma empresa comum com uma sociedade israelense, criada para sustentar suas ambições na Europa. O primeiro modelo está previsto para o próximo ano.
Na Grã-Bretanha, a chinesa Geely lançará no final do ano um carro cujo preço oscilará em torno dos 12.000 euros. Este construtor não é um recém-chegado na Europa: já comprou do sueco Volvo e do americano Ford há dois anos.
"Com isso, a China realizará um salto tecnológico muito grande", diz Lacroix.
Os grupos automotivos chineses podem também converter-se em salvadores potenciais de marcas europeias em dificuldades. A BAIC havia expressado em 2009 seu interesse pelo Opel, mas o proprietário da marca alemã, o americano General Motors (GM), se negou a fechar negócio.
Mais recentemente, a GM impediu também um acordo com dois grupos chineses, o construtor Youngman e o distribuidor Pang Da, que teria permitido salvar o sueco Saab. Este grupo quebrou, mas, segundo a imprensa sueca, o Youngman poderia voltar a efetuar uma oferta de compra.
Para convencer os clientes europeus, os construtores chineses precisam desfazer sua reputação de produtores de má qualidade. Com esse objetivo, alguns deles já expuseram seus veículos em salões de automóveis na Europa em 2006 e em 2007, mas sem chegar a convencer o grande público.
Paris - Os fabricantes de automóveis da China têm tentado penetrar no mercado europeu através da compra de marcas e fábricas, após uma falida primeira tentativa feita há alguns anos.
A Great Wall Motor lançará oficialmente na terça-feira a produção em sua fábrica de Bahovitsa, no nordeste da Bulgária, onde pretende produzir três modelos: o Voleex C10, o 'pick up' Steed 5 e o 4x4 Hoover H5.
Os preços oscilarão entre 8.000 e 14.700 euros.
O construtor chinês reforçará assim sua expansão no exterior. A empresa já conta com uma dezena de fábricas fora da China, segundo seu site na internet, e aspira a uma capacidade de produção de 500.000 unidades fora de suas fronteiras até 2015.
A Great Wall Motor não é o único que quer lançar-se no mercado europeu, apesar de este estar saturado e com expectativa de redução das vendas este ano.
"É uma maneira de eles progredirem em termos de qualidade", explica Yann Lacroix, analista da Euler Hermes.
Outro construtor chinês, Chery, já colocou um pé na Itália através da sociedade local DR Motor. Esta última, que há anos monta veículos de seu sócio chinês, comprou ao final de 2011 uma fábrica da Fiat localizada em Termini Imerese, na Sicília.
Este construtor chinês também se apropriou de uma marca específica, Qoros, desenvolvida a partir de uma empresa comum com uma sociedade israelense, criada para sustentar suas ambições na Europa. O primeiro modelo está previsto para o próximo ano.
Na Grã-Bretanha, a chinesa Geely lançará no final do ano um carro cujo preço oscilará em torno dos 12.000 euros. Este construtor não é um recém-chegado na Europa: já comprou do sueco Volvo e do americano Ford há dois anos.
"Com isso, a China realizará um salto tecnológico muito grande", diz Lacroix.
Os grupos automotivos chineses podem também converter-se em salvadores potenciais de marcas europeias em dificuldades. A BAIC havia expressado em 2009 seu interesse pelo Opel, mas o proprietário da marca alemã, o americano General Motors (GM), se negou a fechar negócio.
Mais recentemente, a GM impediu também um acordo com dois grupos chineses, o construtor Youngman e o distribuidor Pang Da, que teria permitido salvar o sueco Saab. Este grupo quebrou, mas, segundo a imprensa sueca, o Youngman poderia voltar a efetuar uma oferta de compra.
Para convencer os clientes europeus, os construtores chineses precisam desfazer sua reputação de produtores de má qualidade. Com esse objetivo, alguns deles já expuseram seus veículos em salões de automóveis na Europa em 2006 e em 2007, mas sem chegar a convencer o grande público.