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Inditex e H&M apoiam acordo de segurança em Bangladesh

Os gigantes da indústria têxtil se comprometeram a assinar um plano de melhora das condições de segurança do trabalho nas fábricas do país

Funcionária coloca preço em roupas em fábrica da Zara em Arteixo, em 14 de março de 2006
 (Miguel Riopa/AFP)

Funcionária coloca preço em roupas em fábrica da Zara em Arteixo, em 14 de março de 2006 (Miguel Riopa/AFP)

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Da Redação

Publicado em 14 de maio de 2013 às 09h07.

Madri - Os gigantes da indústria têxtil Inditex, proprietária da marca Zara, e H&M se comprometeram nesta segunda-feira a assinar um plano de melhora das condições de segurança do trabalho nas fábricas associadas em Bangladesh, depois do desabamento que deixou mais de mil mortos.

Em notas divulgadas hoje, as duas empresas anunciaram seu apoio a um plano de segurança nos locais de trabalho lançado pelos sindicatos internacionais IndustriALL e UNI Global Union. Em conjunto, eles representam milhões de trabalhadores do setor têxtil.

A empresa espanhola Inditex destacou que o acordo "busca melhorar as condições de saúde e de segurança na indústria têxtil de Bangladesh, por meio do compromisso dos diferentes atores que intervêm no setor têxtil do país asiático".

Segundo a nota, a Inditex já comunicou ao secretário-geral do IndustriALL, Jyrki Raina, "seu compromisso total com o acordo" sobre segurança e contra incêndios.

Um porta-voz da Inditex disse à AFP que o acordo poderá ser assinado formalmente mais à frente, em uma data a ser determinada pelo IndustriALL. Nos próximos dias, o sindicato divulgará detalhes do texto, acrescentou a empresa.

A H&M, gigante sueca do setor, antecipou que o plano de cinco anos inclui a nomeação de um inspetor independente para que "elabore e implemente um programa de inspeção da segurança contra incêndios, que seja crível e efetivo".

A organização Clean Clothes Campaign, que luta contra os abusos trabalhistas nessa indústria, ressaltou que o compromisso da Inditex e da H&M com o acordo por mais segurança nas fábricas é uma "notícia monumental" e pode estimular outras empresas a fazerem o mesmo.

Existem hoje cerca de 4.500 fábricas têxteis em Bangladesh, que elaboram produtos para marcas ocidentais. Segundo os sindicatos locais, centenas dessas fábricas deverão fechar por tempo indeterminado.

Bangladesh foi palco de uma tragédia no setor têxtil no dia 24 de abril, quando um prédio de oito andares no qual trabalhavam mais de 3.000 pessoas desabou em Savar, na periferia de Dacca, deixando ao menos 1.127 mortos.

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