Índios pedem que Coca-Cola não compre açúcar de suas terras
Índios guaranis pedem a multinacional Coca-Cola que deixe de comprar açúcar da empresa americana Bunge, que utiliza matéria-prima de terras indígenas
Da Redação
Publicado em 16 de dezembro de 2013 às 09h56.
Londres - Uma comunidade brasileira de índios guaranis pediu a multinacional Coca-Cola que deixe de comprar açúcar da empresa americana Bunge , que utiliza matéria-prima de terras indígenas espoliadas, publicou nesta segunda-feira a ONG Survival International.
Sediada em Londres, a ONG alega que os índios são obrigados a viver em um pequeno pedaço de floresta rodeado de plantações de cana-de-açúcar, e que seus filhos adoecem por causa dos pesticidas.
Em comunicado, a Survival explicou que a Coca-Cola compra açúcar da Bunge, que por sua vez compra cana-de-açúcar de "terras roubadas dos guaranis" por fazendeiros para produzir biocombustível.
A companhia de bebidas se comprometeu há pouco com a ONG britânica Oxfam a não ser cúmplice do furto de terras indígenas, uma promessa que, segundo a Survival, está sendo descumprida se a associação com a Bunge for mantida.
"A Coca-Cola deve deixar de comprar açúcar da Bunge. Enquanto estas empresas lucram, nós nos vemos obrigados a suportar a fome, a miséria e mortes", afirmou um porta-voz guarani.
A comunidade guarani de Jata Yvary, que vive no Mato Grosso do Sul, é formada por 370 pessoas, viu a maior parte de suas terras ancestrais se transformarem em plantações para a Bunge.
De acordo com a Survival, as terras foram roubadas por poderosos fazendeiros que as utilizam para pecuária e para a produção de cana-de-açúcar e soja.
Os líderes tribais são sistematicamente assassinados ao tentar defender seus direitos e outros membros da tribo se suicidam por desespero, denunciou a ONG.
A Survival, que também fez um pedido para que a Bunge que deixe de comprar matéria-prima de terras em litígio, e pede às autoridades brasileiras que protejam a terra dos guaranis antes do Mundial de futebol de 2014.
Quanto a Coca-Cola, o diretor de Survival, Stephen Corry, sublinhou que, enquanto seu acordo com a Bunge continuar, a promessa da empresa contra o roubo de terras "é vazia de conteúdo".
Londres - Uma comunidade brasileira de índios guaranis pediu a multinacional Coca-Cola que deixe de comprar açúcar da empresa americana Bunge , que utiliza matéria-prima de terras indígenas espoliadas, publicou nesta segunda-feira a ONG Survival International.
Sediada em Londres, a ONG alega que os índios são obrigados a viver em um pequeno pedaço de floresta rodeado de plantações de cana-de-açúcar, e que seus filhos adoecem por causa dos pesticidas.
Em comunicado, a Survival explicou que a Coca-Cola compra açúcar da Bunge, que por sua vez compra cana-de-açúcar de "terras roubadas dos guaranis" por fazendeiros para produzir biocombustível.
A companhia de bebidas se comprometeu há pouco com a ONG britânica Oxfam a não ser cúmplice do furto de terras indígenas, uma promessa que, segundo a Survival, está sendo descumprida se a associação com a Bunge for mantida.
"A Coca-Cola deve deixar de comprar açúcar da Bunge. Enquanto estas empresas lucram, nós nos vemos obrigados a suportar a fome, a miséria e mortes", afirmou um porta-voz guarani.
A comunidade guarani de Jata Yvary, que vive no Mato Grosso do Sul, é formada por 370 pessoas, viu a maior parte de suas terras ancestrais se transformarem em plantações para a Bunge.
De acordo com a Survival, as terras foram roubadas por poderosos fazendeiros que as utilizam para pecuária e para a produção de cana-de-açúcar e soja.
Os líderes tribais são sistematicamente assassinados ao tentar defender seus direitos e outros membros da tribo se suicidam por desespero, denunciou a ONG.
A Survival, que também fez um pedido para que a Bunge que deixe de comprar matéria-prima de terras em litígio, e pede às autoridades brasileiras que protejam a terra dos guaranis antes do Mundial de futebol de 2014.
Quanto a Coca-Cola, o diretor de Survival, Stephen Corry, sublinhou que, enquanto seu acordo com a Bunge continuar, a promessa da empresa contra o roubo de terras "é vazia de conteúdo".