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Incerteza regulatória ofusca aquisição da Sprint pela T-Mobile

As ações da Sprint e da T-Mobile caíram 14 e 6 por cento, respectivamente, no fim da tarde desta segunda-feira

T-Mobile: presidente-executivo da companhia, John Legere, deve se reunir com dois comissários da FCC em Washington na terça-feira para discutir o acordo, (Justin Sullivan/Getty Images)

T-Mobile: presidente-executivo da companhia, John Legere, deve se reunir com dois comissários da FCC em Washington na terça-feira para discutir o acordo, (Justin Sullivan/Getty Images)

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Reuters

Publicado em 30 de abril de 2018 às 20h12.

A obtenção de aprovação de autoridades dos Estados Unidos para a união de 26 bilhões de dólares entre Sprint e a rival T-Mobile é o maior obstáculo para a conclusão do negócio, disseram investidores e analistas nesta segunda-feira.

As ações da Sprint e da T-Mobile caíram 14 e 6 por cento, respectivamente, no fim da tarde desta segunda-feira. As ações da Sprint acumulavam ganho de 27 por cento desde 10 de abril, após relatos da mídia de que as empresas haviam retomado as negociações.

Em situações em que há risco de um acordo não obter aprovação regulatória, as ações são negociadas com um desconto de 10 a 20 por cento em relação ao preço do negócio, disse a analista Colby Synesael, da Cowen.

Os acionistas da Sprint, que é controlada pelo SoftBank, receberiam 6,62 dólares por cada ação detida. A Deutsche Telekom, proprietária majoritária da T-Mobile, iria possuir 42 por cento e controlar o conselho da empresa combinada.

A Comissão Federal de Comunicações deve analisar se a transação é do "interesse público". Uma porta-voz do presidente da FCC, Ajit Pai, se recusou a comentar.

O presidente-executivo da T-Mobile, John Legere, deve se reunir com dois comissários da FCC em Washington na terça-feira para discutir o acordo, disseram fontes com conhecimento sobre o assunto.

A Macquarie Research disse em relatório que a incerteza pode resultar em uma ampla venda de ações, já que uma "revisão regulatória" pode prolongar o fechamento do acordo para além do primeiro semestre de 2019, e acrescentou que "o cenário regulatório é imprevisível".

Em setembro, a FCC aprovou um relatório que afirmava que pela primeira vez desde 2009 "há efetiva competição" no mercado de telefonia móvel dos Estados Unidos, uma conclusãoque pode ajudar a Sprint e a T-Mobile em sua tentativa de fusão.

Uma década atrás havia nos EUA sete operadoras de telefonia celular e hoje há quatro grandes operadoras lideradas por Verizon Communications e AT&T. As quatro operadoras controlam 98,8 por cento do mercado norte-americano, afirmou a FCC.

(Por Supantha Mukherjee e Laharee Chatterjee em Bangalore, Índia, e David Shepardson em Washington e Sheila Dang e Greg Roumeliotis em Nova York)

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