São Paulo – A Ikea lançou um projeto para tentar para melhorar as condições dos refugiados sírios que precisaram deixar seu país por conta da guerra civil.
A companhia irá vender tapetes feitos por refugiados a partir de 2019. Os objetos serão comercializados nas lojas locais no Oriente Médio que têm acordos comerciais com a Jordânia.
A iniciativa irá criar 200 postos de trabalho para sírios que moram atualmente na Jordânia. A maior parte das vagas deve ser preenchida por mulheres, que normalmente têm menos oportunidades por estarem cuidando dos filhos.
"A situação na Síria é a maior tragédia do nosso tempo e a Jordânia tomou a grande responsabilidade de acolher refugiados sírios. Nós decidimos olhar como a Ikea poderia contribuir", afirmou Jesper Brodin, diretor da Ikea à CNN.
O país já acolheu mais de 655 mil refugiados sírios, de acordo com a ONU.
Essa não é a primeira iniciativa da companhia sueca em prol dos refugiados. No final de 2015 a fabricante de móveis desenvolveu e produziu 10.000 abrigos para famílias de refugiados ao redor do mundo.
Em janeiro de 2016, a empresa doou US$ 33 milhões para a agência de refugiados da ONU. No fim do ano, ela criou uma campanha para mostrar a realidade dos sírios ao ambientar espaços de suas lojas como se fossem casas destruídas.
A companhia se pronunciou contra o bloqueio de Donald Trump a imigrantes vindos de sete países com a maioria da população formada por muçulmanos.
"Qualquer proposta que discrimina contra um certo grupo de consumidores ou colaboradores ou que limite nossa habilidade de atrair ou reter talentos diversos é problemática", disse Lars Petersson, diretor da Ikea nos Estados Unidos.
13 empresas impactadas pelas políticas de Donald Trump - 1. Uber
1 /13(Uber/Divulgação)
Depois do chamado Muslim Ban, a aliança de taxistas de Nova York fez uma greve e deixaram de atender o aeroporto JFK International por uma hora. Sem táxis, muitos se voltaram a Uber e rapidamente os preços para a região do aeroporto subiram. A Uber desligou os preços dinâmicos em seguida, mas muitos usuários criticaram a empresa por ter furado a greve e se aproveitado da situação de tristeza para ter mais lucros. Muitos deletaram o aplicativo e a hashtag #deleteUber logo chegou ao topo dos assuntos mais comentados do Twitter. O CEO e co-fundador, Travis Kalanick, enviou um e-mail aos funcionários da Uber, falando do impacto que o decreto teria na vida dos motoristas que trabalham nos Estados Unidos mas moram ou estão visitando alguns dos países com restrições de viagem.
- 2. Starbucks
2 /13(Getty Images)
Depois que Donald Trump assinou vetos a imigrantes vindos de sete países de maioria muçulmana, algumas empresas foram rápidas nas respostas à crise que se seguiu. A rede de cafés Starbucks afirmou que irá contratar 10.000 refugiados nos 75 países em que atua, pelos próximos cinco anos. O presidente da companhia, Howard Schultz, enviou um e-mail aos seus funcionários. “Vivemos tempos sem precedentes, nos quais somos testemunhas de que a consciência de nosso país e a promessa do sonho americano foram colocadas em xeque”,
disse.
- 3. Facebook
3 /13(Win McNamee/Getty Images)
O fundador e presidente do Facebook, Mark Zuckerberg,
usou a rede social para fazer uma crítica à administração do presidente Donald Trump em relação aos refugiados. “Meus bisavôs vieram da Alemanha, Áustria e Polônia. Os pais de Priscilla (sua esposa) eram refugiados provenientes da China e Vietnã. Os Estados Unidos é um país de imigrantes, e devemos ter orgulho disso”, escreveu Zuckerberg. Ele lembrou que o país “é uma nação de imigrantes”.
- 4. Airbnb
4 /13(Martin Bureau/AFP)
O Airbnb foi outra companhia a se posicionar contra o veto a imigrantes muçulmanos. O presidente da companhia de aluguéis propôs dar alojamento gratuito às pessoas afetadas pelo decreto. “O Airbnb fornece um alojamento gratuito aos refugiados e a qualquer pessoa proibida de entrar nos Estados Unidos”, disse Brian Chesky no Twitter. If you're able to host refugees in need via Airbnb, you can sign up here:
https://t.co/ccI5BKW0mX https://t.co/WWTGUNemMv //platform.twitter.com/widgets.js "Não permitir que refugiados ou de pessoas de certos países entrem na América não está certo e devemos estar com aqueles que são afetados", escreveu.
- 5. General Motors
5 /13(.)
Um dos alvos de Trump são as montadoras, que importam carros para o mercado mexicano a partir de suas fábricas no México. Antes mesmo de tomar posse, no início de janeiro, Trump enviou um tweet para a General Motors, dizendo que a montadora deveria produzir os modelos Chevy Cruze nos Estados Unidos ou pagar altas taxas de importação. No entanto, a companhia respondeu que apenas 2,4% do total de 190 mil carros desse modelo que foram vendidos nos Estados Unidos são fabricados no país vizinho. A GM ainda afirmou que está disposta a conversar sobre as particularidades de seu negócio com a equipe do presidente eleito e que alguns detalhes ficam de fora na discussão pelas redes sociais.
- 6. BMW
6 /13(BMW/Divulgação)
A BMW também
foi advertida em relação às suas importações para os EUA a partir do México e que ela deverá pagar altas taxas para trazer seus carros ao país. A montadora alemã garantiu que manterá os planos para inaugurar a fábrica em San Luis Potosí em 2019.
- 7. Volkswagen
7 /13(Fabian Bimmer/Reuters)
A Volkswagen afirmou que, apesar da pressão, não irá desistir de suas fábricas mexicanas. “Acredito que Trump não gostaria que nós fabricássemos carros apenas para exportá-los ao México. O México é, para nós, um mercado muito grande também”, disseHerbert Diess, chefe da VW.
A companhia se comprometeu a produzir seus carros elétricos nos EUA. O diretor da VW na América do Norte, Hinrich Woebcken, disse não estar preocupado com os comentários de Trump e que a empresa tem presença forte nos EUA, onde pretende investir US$ 7 bilhões até 2019.
- 8. Toyota
8 /13(foto/Getty Images)
Outra montadora ameaçada foi a Toyota. Ao comemorar a instalação de uma fábrica de US$ 1 bilhão no México, a Toyota recebeu um tweet furioso do presidente americano, que ameaçou impor tarifas de importação à montadora. No entanto, a companhia japonesa
disse que não abriria mão do seu investimento, que estava planejado há 6 anos. O executivo-chefe da Toyota Motor América do Norte, Jim Lentz, afirmou que a Toyota investiu US$ 22 bilhões nos EUA desde que chegou ao país há 60 anos e que planeja investir outros US$ 10 bilhões ao longo dos próximos cinco anos.
- 9. Ford
9 /13(Carlos Jasso/Reuters)
A Ford, por outro lado, retrocedeu com a pressão. Depois das intimações do presidente americano para fortalecer a produção de veículos no país, a Ford anunciou que irá abandonar os planos para construir uma fábrica de US$ 1,6 bilhão no México e que vai investir US$ 700 milhões ao longo de quatro anos em numa planta no Estado norte-americano de Michigan. A montadora vê com otimismo as políticas protecionistas do republicano, pois elas irão produzir empregos e investimento no setor automotivo dos EUA.
- 10. Fiat Chrysler
10 /13(Sean Gallup/Getty Images)
A Fiat Chrysler elogiou Trump por buscar melhoria no ambiente para empresas operarem nos EUA. Ela afirmou nesta segunda-feira por anunciarem novos investimentos no país após ele fez da produção norte-americana de veículos parte importante de sua campanha. Assim,
irá investir US$ 1 bilhão e criar 2 mil empregos em fábricas do grupo em Ohio e Michigan.
- 11. José Cuervo
11 /13(Divulgação)
A dona da tequila José Cuervo, a mexicana Becle, é uma companhia bastante sensível às movimentações políticas dos EUA. Cerca de 75% do que ela produz em sua fábrica no México é vendido para os Estados Unidos e o Canadá. Por isso, a introdução de impostos sobre importações pode abalar suas vendas. A maior produtora de tequila do mundo
adiou seu IPO (oferta inicial de ações) por duas vezes. No entanto, ela deve retomar seus planos para a estreia na bolsa de valores.
- 12. Tiffany
12 /13(Arnd Wiegmann/Reuters)
Outras empresas foram indiretamente afetadas pela eleição do empresário. A joalheria Tiffany divulgou, que suas vendas caíram 4% no fim de 2016, pois sua principal loja está localizada na Trump Tower, em Nova York. O reforço de segurança do prédio buscava afastar manifestantes, mas acabou inibindo a visita de consumidores à loja verde água.
- 13. Bayer Monsanto
13 /13(foto/Getty Images)
Depois de sua fusão com a Monsanto, a Bayer se reuniu com o governo americano para
falar sobre seus planos para o país. Após a reunião, um porta-voz de Trump afirmou que a companhia de medicamentos e pesticidas pretende aumentar as vagas de trabalho em 30% e investir mais de US$ 8 bilhões em pesquisa e desenvolvimento.