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Iguatemi lucra R$ 53,06 milhões no 3º trimestre, alta de 30,6%

O Ebitda foi de R$ 133,8 milhões, 4,6% maior que o do terceiro trimestre do ano passado

Iguatemi: no 3º trimestre, a receita líquida avançou 5,3% ano a ano, para R$ 169,69 milhões (Fernando Moraes/Site Exame)

Iguatemi: no 3º trimestre, a receita líquida avançou 5,3% ano a ano, para R$ 169,69 milhões (Fernando Moraes/Site Exame)

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Reuters

Publicado em 7 de novembro de 2017 às 21h02.

São Paulo - A administradora de shopping centers Iguatemi teve alta de 30,6 por cento no lucro líquido do terceiro trimestre sobre um ano antes, apoiada na melhora das vendas por lojistas e na queda das despesas financeiras, em meio aos esforços de desalavancagem em um cenário de juros básicos menores.

A empresa lucrou 53,06 milhões de reais de julho a setembro, ante 40,62 milhões no mesmo intervalo de 2016, e espera que os resultados sazonalmente mais fortes do quarto trimestre a permitam começar 2018 em boa forma.

"Estamos vendo ao longo do ano melhora nas performances dos lojistas e o quarto trimestre é sempre mais forte, o que é um bom sinal para entrarmos 2018 com mais otimismo em relação ao consumo", afirmou à Reuters a vice-presidente de finanças do grupo, Cristina Betts.

Ela disse que a companhia ainda trabalha nas metas para o ano que vem, mas adiantou que os números tendem a embutir expectativas melhores que uma alta de 2 a 7 por cento na receita líquida e uma margem líquida de 73 a 77 por cento projetadas para 2017.

No terceiro trimestre, a receita líquida avançou 5,3 por cento ano a ano, para 169,69 milhões de reais, com alta de 5,8 por cento no faturamento com aluguel e de 6 por cento com estacionamento.

Já as vendas totais aumentaram 6,8 por cento de julho e setembro, para 3,1 bilhões de reais. O indicador de vendas mesmas lojas subiu 5,9 por cento na base anual, e o de vendas mesmas áreas 6,8 por cento.

Na semana passada, a rival Multiplan anunciou alta de 7,3 por cento nas vendas no conceito mesmas lojas, atribuindo o crescimento em parte à recuperação da economia e queda da inflação.

A Iguatemi apurou um lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) de 133,8 milhões de reais, 4,6 por cento maior que o do terceiro trimestre do ano passado, com a margem Ebitda atingindo 78,9 por cento ao fim de setembro.

A relação dívida líquida sobre Ebitda caiu a 3,14 vezes no terceiro trimestre, de 3,4 vezes no mesmo período de 2016. "E a expectativa é fechar abaixo disso no quarto trimestre", disse Betts.

Sem lançamentos previstos em 2018, a companhia deve ser capaz de reduzir o nível de alavancagem para perto de 2,5 vezes, de acordo com a executiva.

Aquisições e novos projetos

Betts ressaltou que a estratégia focada na desalavancagem reduziu o apetite da empresa por aquisições em 2017, mas que o menor endividamento e o cenário de juros mais baixos tendem a aumentar a disponibilidade de caixa e, possivelmente, viabilizar investimentos.

"Fomos menos atuantes em buscar oportunidades porque não tínhamos espaço no balanço. Agora podemos retomar com um pouco mais de apetite", explicou a executiva, acrescentando que os investimentos no próximo ano podem superar o intervalo de 80 milhões a 130 milhões de reais projetado para 2017.

A última operação de compra realizada pela Iguatemi foi a aquisição de uma fatia de 8,4 por cento do Pátio Higienópolis em outubro de 2015, por meio da qual o grupo elevou sua participação no empreendimento para 11,2 por cento.

Questionada sobre novos projetos, Betts destacou que, por ora, o Iguatemi desenvolve dois outlets premium, um em Santa Catarina, cujas obras estão em andamento e a inauguração está prevista para o fim do ano que vem, e outro em Belo Horizonte, ainda sem data de abertura.

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