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Hypermarcas subiu preços de fraldas em 35% - mas acha pouco

O presidente da empresa justificou o aumento agressivo de preço dizendo que a companhia estava “correndo contra o dólar”

Hypermarcas: o presidente da empresa justificou o aumento agressivo de preço com a variação cambial (Divulgação Hypermarcas)

Karin Salomão

Publicado em 3 de novembro de 2015 às 13h27.

São Paulo - Em meio a reestruturação de seu portfólio e venda de divisões de consumo, a Hypermarcas está ajustando preços e custos para tentar manter a rentabilidade. A divisão de fraldas é um exemplo, cujo preço disparou entre 35% e 40% este ano.

O presidente da empresa, Cláudio Bergamo, justificou o aumento agressivo de preço dizendo que a companhia estava “correndo contra o dólar” e que espera ver resultados dessa política no ano que vem, afirmou em conferência com analistas.

Agora, a companhia quer reduzir os custos de produção da divisão de descartáveis, “ajustando e buscando melhores práticas”, afirmou o presidente, como reduzir a infraestrutura de fabricação.

Ainda assim, o lucro líquido caiu 36,5% no terceiro trimestre, chegando a 75,4 milhões de reais. O Ebitda ajustado no período cedeu 2,9%, para 277,9 milhões de reais. A margem do semestre diminuiu 3,4 pontos percentuais, alcançando 60,7%.

A companhia não divulga números específicos da divisão de descartáveis, que engloba marcas como Cremer Disney, Sapeka, Pompom e Bigfral. “A divisão de fraldas será gerida como se fosse um negócio independente”, afirmou Bergamo. A empresa está negociando a venda das marcas de fraldas para a Kimberly-Clark.

Ontem, a Hypermarcas anunciou a venda de sua divisão de cosméticos por 3,8 bilhões de reais. A aquisição, feita pela francesa Coty, inclui marcas como Bozzano, Monange, Paixão, Biocolor, Risqué, Cenoura & Bronze e correspondia a 20% do faturamento.

Com a venda , a empresa espera zerar sua dívida líquida, que chegou a 3,86 bilhões de reais, e irá focar no segmento de fármacos , líder com 14% do mercado e medicamentos como Benegripe, Engov, Rinossro e Estomazil.

São Paulo - De janeiro a setembro, o setor farmacêutico movimentou 55,89 bilhões de reais no Brasil–um crescimento de 15,01% ante os mesmos meses de 2014. Os dados são de um levantamento da consultoria IMS Health, feito a pedido da Associação Brasileira das Indústrias de Medicamentos Genéricos (PróGenéricos). No período, foram comercializadas 2,53 bilhões de caixas de medicamentos país–um aumento de 7,99% ante os 9 primeiros meses do ano passado. Só no terceiro trimestre, 872,6 milhões de caixas de remédio foram vendidas, contra 821,2 milhões registradas no mesmo período de 2014.  Navegue pelos slides e conheça as empresas do setor que mais venderam até agora em 2015, em faturamento.
  • 2. 1. EMS

    2 /12(Alexandre Battibugli/EXAME.com)

  • Veja também

    Vendas até setembro de 2015R$ 6,75 bilhões
    Vendas até setembro de 2014R$ 5,87 bilhões
    Variação15,01%
    Fatia do mercado em 201512,08%
  • 3. 2. Hypermarcas

    3 /12(Erasmo Salomão/Ministério da Saúde)

  • Vendas até setembro de 2015R$ 5,72 bilhões
    Vendas até setembro de 2014R$ 4,60 bilhões
    Variação24,45%
    Fatia do mercado em 201510,25%
  • 4. 3. Sanofi

    4 /12(Vincent Moncorge/ Sanofi via Bloomberg)

    Vendas até setembro de 2015R$ 4,47 bilhões
    Vendas até setembro de 2014R$ 3,93 bilhões
    Variação13,59%
    Fatia do mercado em 20158%
  • 5. 4. Novartis

    5 /12(Sebastien Bozon/AFP)

    Vendas até setembro de 2015R$ 3,33 bilhões
    Vendas até setembro de 2014R$ 3,10 bilhões
    Variação7,39%
    Fatia do mercado em 20155,96%
  • 6. 5. Aché

    6 /12(Divulgação)

    Vendas até setembro de 2015R$ 3,18 bilhões
    Vendas até setembro de 2014R$ 2,59 bilhões
    Variação22,36%
    Fatia do mercado em 20155,69%
  • 7. 6. Eurofarma

    7 /12(Lia Lubambo/Você SA)

    Vendas até setembro de 2015R$ 2,78 bilhões
    Vendas até setembro de 2014R$ 2,28 bilhões
    Variação21,90%
    Fatia do mercado em 20154,99%
  • 8. 7. Takeda Pharma

    8 /12(Divulgação/Takeda)

    Vendas até setembro de 2015R$ 1,56 bilhão
    Vendas até setembro de 2014R$ 1,52 bilhão
    Variação2,49%
    Fatia do mercado em 20152,80%
  • 9. 8. Bayer

    9 /12(Jens Schlueter/AFP)

    Vendas até setembro de 2015R$ 1,48 bilhão
    Vendas até setembro de 2014R$ 1,33 bilhão
    Variação10,87%
    Fatia do mercado em 20152,66%
  • 10. 9. Teuto Brasileiro

    10 /12(Germano Lüders/EXAME.com)

    Vendas até setembro de 2015R$ 1,35 bilhão
    Vendas até setembro de 2014R$ 1,28 bilhão
    Variação5,03%
    Fatia do mercado em 20152,42%
  • 11. 10. GSK

    11 /12(Ben Stansall/AFP)

    Vendas até setembro de 2015R$ 1,30 bilhão
    Vendas até setembro de 2014R$ 1,14 bilhão
    Variação14,04%
    Fatia do mercado em 20152,34%
  • 12. Leia também...

    12 /12(Getty Images)

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