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HSBC revela plano para cortar US$3,5 bilhões em custos

Banco pode vender braço de cartões de crédito nos EUA para equilibrar sua balança financeira

HSBC vai se concentrar em mercados principais, como Hong Kong e Inglaterra, no varejo (Justin Sullivan/Getty Images)

HSBC vai se concentrar em mercados principais, como Hong Kong e Inglaterra, no varejo (Justin Sullivan/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 11 de maio de 2011 às 10h21.

Londres/Hong Kong - O novo presidente do HSBC vai cortar gastos na divisão de varejo do banco e poderá vender o braço de cartões de crédito nos Estados Unidos, em uma tentativa de fazer o grupo financeiro reduzir 3,5 bilhões de dólares em custos e retomar a lucratividade.

O HSBC tem operações em 87 mercados, 95 milhões de clientes e 300 mil funcionários.

Na área de varejo, o banco vai se concentrar em mercados principais, como Hong Kong e Inglaterra, mercados de alto crescimento como México, Cingapura, Turquia e Brasil e em países menores onde o grupo tem forte presença.

A instituição vai sair das atividades de banco de varejo na Rússia e rever as atividades de suas 475 agências nos Estados Unidos e da divisão de cartões de crédito no país.

O maior banco da Europa enfrenta necessidade urgente de reformulação uma vez que mais de dois quintos de seus negócios não estão entregando seu custo de capital, afirmou o presidente-executivo, Stuart Gulliver.

O recuo em relação a serviços de varejo em alguns países e economias que vão desde cortes de custos com tecnologia e redução de burocracia são medidas que vão ajudar a reduzir custos como parcela de receitas de 61 por cento no primeiro trimestre para entre 48 e 52 por cento até 2013.

Muitos bancos, incluindo o HSBC, têm visto este indicador subir acentuadamente, parcialmente por causa de disputa por equipes em mercados de rápido crescimento na Ásia.

Em comparação, o rival Standard Chartered apresentou uma relação custo/receita de 56 por cento no ano passado, mas outras instituições fizeram mais para manter os custos abaixo dos 50 por cento, como o Santander, que obteve índice de 43 por cento no ano passado.

"Nós claramente temos um problema de custo", disse Gulliver em apresentação de seu plano estratégico, nesta quarta-feira.

"Adicionamos 3 bilhões de dólares em custos ao longo dos últimos anos sem receita para compensar isso", afirmou o executivo de 51 anos, que assumiu o cargo no início do ano.

Gulliver informou que grande parte das economias serão reinvestidas em áreas de crescimento maior. Ele afirmou que o grupo pode obter 4 bilhões de dólares em receitas adicionais por ano com a conquista de negócios de clientes abastados e extra de 1 bilhão de dólares fazendo as atividades de banco comercial e de investimento ficarem mais próximas.

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