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HRT vê GNL como melhor solução para gás da Amazônia

Fonte que acompanha o assunto afirmou que projeto em reservas remotas da Amazônia deverá ficar em compasso de espera

Marcio Rocha Mello, fundador da HRT Participações: companhia encontrou áreas abundantes de gás natural na Amazônia (Paulo Fridman/Bloomberg)

Marcio Rocha Mello, fundador da HRT Participações: companhia encontrou áreas abundantes de gás natural na Amazônia (Paulo Fridman/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 14 de agosto de 2013 às 18h23.

Rio de Janeiro - A empresa de petróleo e gás HRT disse nesta quarta-feira que o gás natural liquefeito (GNL) é a solução preferida para explorar o gás encontrado em reservas remotas da Amazônia, mas uma fonte que acompanha o assunto afirmou que o projeto deverá ficar em compasso de espera.

Com blocos na Amazônia, a empresa realizou uma vasta campanha exploratória que acabou encontrando áreas abundantes em gás natural, mas sem infraestrutura disponível para transportá-lo da floresta ao mercado consumidor. A empresa e a sócia russa do grupo Rosneft tentam convencer a Petrobras a cooperar em projetos de monetização.

Por outro lado, alguns membros do Conselho de Administração da empresa avaliam que o projeto de gás da Amazônia deverá ficar para depois, congelado, até que haja interesse de um sócio que possa financiar sua logística, disse uma fonte que acompanha o assunto.

O problema é que a planta capaz de comprimir o gás em cerca de 600 vezes e mudá-lo para o estado liquefeito tem custo muito elevado, lembrou a fonte, pedindo para não ser identificada.

A empresa estabeleceu um comitê estratégico para revisar operações após o enfraquecimento de seus planos na bacia do Solimões, na Amazônia, afirmou nesta quarta-feira o presidente-executivo da empresa, Milton Franke, durante teleconferência com investidores e analistas de mercado.

A decisão final sobre as opções para explorar a bacia do Solimões poderá sair neste mês, disse Franke.

O executivo disse que é provável que a Rosneft aumente sua participação na unidade brasileira da HRT para 55 por cento, conforme o planejado, com a HRT reduzindo sua participação para 45 por cento ou menos.

Namíbia

A petroleira planeja reduzir atividades de exploração na Amazônia ao mínimo, para focar na Namíbia, disse Franke.

Para manter as atividades exploratórias, a HRT terá de encontrar petróleo durante a perfuração do terceiro poço na Namíbia.


Franke afirmou que a empresa espera completar perfuração do terceiro poço na Namíbia em setembro e mantém confiança de que bacias no país contenham óleo e gás, reiterando semelhanças geológicas com o pré-sal da Bacia de Santos.

O executivo disse, porém, que há poucas chances de encontrar novo parceiro para ajudar no financiamento de atividades no país africano neste ano.

A empresa tenta descobrir petróleo em um bloco na bacia de Orange, na Namíbia, distante mais de 600 quilômetros do poço seco que perfurou anteriormente.

Fusão

A HRT precisa reduzir o risco associado com os grandes investimentos necessários para financiar a nova exploração de gás e financiar a produção do petróleo e gás encontrados, disse ele.

A fusão com outra empresa poderia ser uma boa opção para a HRT financiar seus projetos, disse o executivo durante uma teleconferência com analistas.

A empresa tem procurado parceiros para executar projetos, tanto no Brasil como na Namíbia, e contratou o Goldman Sachs como consultor global para avaliar venda de ativos e possíveis parcerias.

Ações da HRT, que caíram mais de 3 por cento nesta quarta-feira pela manhã, passaram a subir após a teleconferência, e fecharam em alta de 5,77 por cento, para 1,65 reais.

Fundada em 2009 pelo experiente Márcio Mello, que foi funcionário de carreira da Petrobras e consultor de diversas multinacionais do setor, a HRT atraiu bilhões de reais de investidores que viram na empresa uma oportunidade do setor petróleo no Brasil.

A euforia dos investidores acabou após a dificuldade de monetização do gás e a empresa viu suas ações despencarem, depois de terem atingido o valor máximo de fechamento a 43,4 reais, em março de 2011.

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