Hotéis do interior perdem clientes com crise da água
Quatro grandes hotéis que têm marinas em Avaré registraram desistências de reservas em razão do recuo das águas.
Da Redação
Publicado em 10 de novembro de 2014 às 09h04.
São Paulo - Em Avaré, a queda no nível da Represa de Jurumirim afetou "de forma substancial" a atividades turística, segundo o secretário de Turismo, Fernando Alonso. Quatro grandes hotéis que têm marinas registraram desistências de reservas em razão do recuo das águas.
"Com a baixa, além de bancos de areia, emergiram restos de árvores que estavam submersos, dificultando a navegação." Ele contou que um hotel investiu na compra de um grande catamarã, mas ainda não conseguiu colocar o barco no lago.
Na semana passada, o nível da represa estava em apenas 18% da capacidade, segundo medição da empresa Duke Energy, que opera a hidrelétrica. A falta de água fez desaparecer a prainha do Camping Municipal, que atraía milhares de turistas.
"A água se distanciou da faixa de areia e está no meio do lodo", relatou o secretário. A situação só não é pior, segundo ele, porque o reservatório é muito grande - quatro vezes maior que a Baía de Guanabara. "Nossa esperança é que chova para recuperar o lago, mas é preciso de muita chuva mesmo."
Na Represa de Itupararanga, que se estende entre Votorantim e Ibiúna, a situação é semelhante. Com o recuo das águas, as rampas de acesso às marinas se tornaram inoperantes e o aluguel de barcos despencou.
De acordo com Paulo Santos, dono de uma escola náutica, pedras enormes que estavam 3 metros abaixo da superfície da água agora afloraram e exigem muito cuidado dos barqueiros. No dia 2, um barco virou depois de colidir com uma rocha, mas os três ocupantes se salvaram.
Em Joanópolis, a Represa Jaguari-Jacareí, que faz parte do Sistema Cantareira, praticamente secou e os hotéis e pousadas localizados à beira dágua acumulam prejuízos. O hoteleiro Paulo Bonandi, dono da Pousada Monteleone, havia investido em uma bem aparelhada marina e, de uma hora para outra, viu toda a água ir embora.
"Estava com 38 lanchas na marina e não restou uma", disse. Os passeios de barco, maior diferencial da pousada, tiveram de ser suspensos. O restaurante, construído para atender a náutica, ficou vazio e ele dispensou 22 dos 35 funcionários.
"Depois de 20 anos tomando conta da pousada, estou tirando umas férias forçadas." Ele acredita que a recuperação da represa só ocorrerá em 2016. "Ainda assim se chover muito." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
São Paulo - Em Avaré, a queda no nível da Represa de Jurumirim afetou "de forma substancial" a atividades turística, segundo o secretário de Turismo, Fernando Alonso. Quatro grandes hotéis que têm marinas registraram desistências de reservas em razão do recuo das águas.
"Com a baixa, além de bancos de areia, emergiram restos de árvores que estavam submersos, dificultando a navegação." Ele contou que um hotel investiu na compra de um grande catamarã, mas ainda não conseguiu colocar o barco no lago.
Na semana passada, o nível da represa estava em apenas 18% da capacidade, segundo medição da empresa Duke Energy, que opera a hidrelétrica. A falta de água fez desaparecer a prainha do Camping Municipal, que atraía milhares de turistas.
"A água se distanciou da faixa de areia e está no meio do lodo", relatou o secretário. A situação só não é pior, segundo ele, porque o reservatório é muito grande - quatro vezes maior que a Baía de Guanabara. "Nossa esperança é que chova para recuperar o lago, mas é preciso de muita chuva mesmo."
Na Represa de Itupararanga, que se estende entre Votorantim e Ibiúna, a situação é semelhante. Com o recuo das águas, as rampas de acesso às marinas se tornaram inoperantes e o aluguel de barcos despencou.
De acordo com Paulo Santos, dono de uma escola náutica, pedras enormes que estavam 3 metros abaixo da superfície da água agora afloraram e exigem muito cuidado dos barqueiros. No dia 2, um barco virou depois de colidir com uma rocha, mas os três ocupantes se salvaram.
Em Joanópolis, a Represa Jaguari-Jacareí, que faz parte do Sistema Cantareira, praticamente secou e os hotéis e pousadas localizados à beira dágua acumulam prejuízos. O hoteleiro Paulo Bonandi, dono da Pousada Monteleone, havia investido em uma bem aparelhada marina e, de uma hora para outra, viu toda a água ir embora.
"Estava com 38 lanchas na marina e não restou uma", disse. Os passeios de barco, maior diferencial da pousada, tiveram de ser suspensos. O restaurante, construído para atender a náutica, ficou vazio e ele dispensou 22 dos 35 funcionários.
"Depois de 20 anos tomando conta da pousada, estou tirando umas férias forçadas." Ele acredita que a recuperação da represa só ocorrerá em 2016. "Ainda assim se chover muito." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.