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EXCLUSIVO: Hopi Hari tem plano de recuperação aprovado por credores

Aprovação ocorreu em assembleia nesta quarta-feira, 2; parque está em recuperação judicial desde 2016 e faturou 98 milhões de reais em 2021

Hopi Hari (Hopi Hari/Divulgação)

Mariana Desidério

Publicado em 3 de fevereiro de 2022 às 13h34.

Última atualização em 4 de fevereiro de 2022 às 10h20.

O plano de recuperação judicial do parque Hopi Hari foi aprovado pela assembleia de credores realizada nesta quarta-feira, 2, após nove horas de discussões entre os representantes legais do parque e os advogados dos credores. Dentre os credores presentes na reunião estavam BNDES, SLW, Prevhab e Mirai.

Segundo o parque, a aprovação do plano garante a continuidade de sua atual administração. Parte dos credores havia pedido na Justiça que a assembleia pudesse analisar a substituição dos atuais administradores. O pedido chegou a ser autorizado, mas a decisão foi suspensa pelo Tribunal de Justiça.

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O Hopi Hari afirma em nota que “a aprovação corrobora com o ótimo momento vivenciado pelo parque”. Segundo dados da atual administração, o Hopi Hari terminou 2021 com faturamento de de 98 milhões de reais, e 12 milhões de reais de lucro.

Com a aprovação do plano, o parque afirma que deverá seguir com projetos para novos investimentos, com foco na modernização das atrações. Um dos planos é retomar a a torre Lê Vouage, após aprovação do projeto pelos órgãos competentes, dentre eles o Ministério Público.

Em entrevista recente a EXAME, o presidente do parque, aAlexandre Rodrigues afirmou que "o parque é altamente rentável e se paga facilmente”. O Hopi Hari recebeu em média 4.900 pessoas por dia no ano passado, com um total de 733 mil visitantes. Cada visitante gastou em média 133 reais no parque. Em 2021, o parque ficou aberto durante 8 meses, devido às restrições da covid-19. Para 2022, se ficar aberto o ano todo, a expectativa da atual administração é de cerca de 1 milhão de visitantes no ano e receita de até 160 milhões de reais.

Proposta de compra

O Hopi Hari está em recuperação judicial desde 2016 e vive uma série de disputas na Justiça. No final do ano passado, um grupo de empresas apresentou uma proposta de compra do parque. O grupo incluía Beto Carrero World, Playcenter e Wet'n Wild, Senpar, RTSC e KR Capital. A proposta incluía quitação das dívidas e "investimentos para a recuperação sustentável" do empreendimento.

Chegou-se a levantar a possibilidade de que essa proposta fosse avaliada pelos credores em assembleia, mas a administração do parque entrou com pedido para que o tema não entrasse na pauta, uma vez que se tratava de uma proposta de terceiros.

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