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Homem mais rico do mundo vê restrições a império telefônico

Uma onda de regulamentação das telecomunicações varreu a AL nos últimos meses, e o novo presidente do México se comprometeu estimular a concorrência contra Carlos Slim


	Carlos Slim:o empresário, de 72 anos, tem combatido as decisões de restrição, dizendo que isso vai afetar sua capacidade de investir em novas tecnologias
 (Ronaldo Schemidt/AFP)

Carlos Slim:o empresário, de 72 anos, tem combatido as decisões de restrição, dizendo que isso vai afetar sua capacidade de investir em novas tecnologias (Ronaldo Schemidt/AFP)

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Da Redação

Publicado em 4 de dezembro de 2012 às 08h29.

São Paulo - Carlos Slim, a pessoa mais rica do mundo, está enfrentando um retrocesso significativo nos mesmos países da América Latina que o fizeram milionário, com as autoridades fechando o cerco sobre seu império crescente de telefonia móvel.

Uma onda de regulamentação das telecomunicações varreu a América Latina nos últimos quatro meses, e o novo presidente do México se comprometeu na semana passada a estimular a concorrência contra Slim.

No Brasil, instituições que monitoram o setor de telefonia também estão afiando as garras, enquanto políticos populistas em países como Argentina e Colômbia estão estimulando mudanças nas regras.

O resultado foi uma série de sentenças e determinações que levaram à queda da lucratividade da América Movil SAB, maior empresa de Slim e maior operadora de telefonia móvel do Ocidente.


Slim, 72, tem pessoalmente combatido as decisões, dizendo que isso vai afetar sua capacidade de investir em novas tecnologias -- um argumento que tem convencido cada vez menos os representantes dos governos à luz de que suas empresas controlam mais de dois terços do mercado.

“Praticamente não tínhamos qualquer regulamentação do setor na região pelos últimos 10 anos”, disse Richard Dineen, analista do HSBC Securities Inc. em New York. “Há provavelmente apenas um caminho a seguir, e será algo bem mais apertado.”

A América Movil, que opera em 18 países na América Latina, Estados Unidos e Caribe, tem visto suas ações caírem 16 por cento desde 23 de julho, quando o governo brasileiro suspendeu as vendas de novas linhas de celulares por sua companhia em alguns estados, demonstrando uma aproximação regulatória mais agressiva.

O índice MSCI Emerging Markets Latin America subiu 3,6 por cento nesse período e o índice mexicano IPC avançou 3,4 por cento.

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