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Homem mais rico do México financia vacina para ver ‘abraços’

Carlos Slim quer que as pessoas visitem os avós e os abracem novamente

Carlos Slim: fundação financiará um plano para o México e a Argentina produzirem até 250 milhões de doses para a AL (Darren Ornitz / Reuters/Reuters)

Karla Mamona

Publicado em 15 de agosto de 2020 às 10h44.

Última atualização em 15 de agosto de 2020 às 11h45.

(Bloomberg) -- O bilionário Carlos Slim quer que as pessoas visitem os avós e os abracem novamente. Ele também quer que as pessoas voltem aos restaurantes e mantenham a economia mexicana em movimento.

O homem mais rico do México anunciou na última quarta-feira que sua fundação financiará um plano para o México e a Argentina produzirem até 250 milhões de doses para a América Latina da promissora vacina para a covid-19 desenvolvida pela AstraZeneca .

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A Astra buscava um parceiro “sério” na região que assumisse o risco de se comprometer com a produção antes mesmo de a vacina ser aprovada, disse o genro de Slim, Arturo Elias Ayub. O plano é financiar a produção, que será distribuída aos governos, que então decidirão quem fica com as primeiras doses disse, sem comentar o valor do investimento.

“O raciocínio por trás disso era simples - o ‘Engenheiro’ sabe que isso salvará vidas”, disse, referindo-se a Slim pelo apelido. “Ele quer que nos abracemos de novo, que visitemos nossos avós e mães, e que consumamos em restaurantes e bares para fazer a economia caminhar novamente.”

O México confirmou mais de 500 mil casos de Covid e mais de 54 mil mortes, e o vírus não dá sinais de desaceleração. A pandemia também devastou a economia, deixando milhões sem emprego e na pobreza.

A vacina da Astra está sendo desenvolvida com a Universidade de Oxford e mostrou resultados promissores nos primeiros testes em humanos. Agora vai passar por testes mais amplos que devem ser decisivos em sua eficácia.

A Astra já fechou acordos para fornecer centenas de milhões de doses da vacina experimental para o Reino Unido, Estados Unidos, Europa e China. A farmacêutica britânica disse que fornecerá a injeção a preço de custo durante o período da pandemia e não revelou quanto cobrará depois disso.

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