Negócios

Hering tem vendas fracas no primeiro tri

Para a companhia, as vendas do período foram prejudicadas principalmente pelo desempenho em março que teve clima mais quente comparado com o ano passado

Hering afirmou que a recuperação nas vendas deve vir no segundo trimestre, período favorecido pela comemoração do Dia das Mães (Bia Parreiras/Viagem e Turismo)

Hering afirmou que a recuperação nas vendas deve vir no segundo trimestre, período favorecido pela comemoração do Dia das Mães (Bia Parreiras/Viagem e Turismo)

DR

Da Redação

Publicado em 9 de abril de 2012 às 18h16.

São Paulo - A Cia Hering adiantou nesta segunda-feira que as vendas referentes ao primeiro trimestre foram mais fracas que o esperado pela própria companhia, prejudicadas pela combinação entre fatores climáticos e econômicos.

"Não é um primeiro trimestre com resultados muito bons, animadores", disse o presidente-executivo da empresa, Fabio Hering, em reunião com analistas e investidores.

Segundo ele, as vendas do período foram prejudicadas principalmente pelo desempenho em março que, no ano passado, atipicamente registrou temperaturas mais baixas, favorecendo o lançamento da coleção outono-inverno e elevando a base de comparação.

O clima mais quente em março deste ano, segundo ele, deve afetar o varejo de vestuário como um todo.

"Março foi fraco, decepcionou em relação à expectativa que tínhamos", afirmou o executivo, citando ainda o cenário macroeconômico.

"Na ponta do consumo não há nenhuma euforia... a demanda ainda está contraída", acrescentou.

Hering afirmou que a recuperação nas vendas deve vir no segundo trimestre, período favorecido pela comemoração do Dia das Mães.

O executivo ponderou que, em 2012 como um todo, a empresa deve apurar uma desaceleração no ritmo de vendas em relação aos anos anteriores, quando o nível de crescimento foi excepcional.

"As vendas mesmas lojas irão ficar bem abaixo do nível visto nos últimos quatro anos, mas é uma alavanca importante de crescimento da companhia nos próximos anos", disse ele.

Em 2011, a Cia Hering registrou crescimento nas vendas pelo conceito mesmas lojas -que considera aquelas em operação há pelo menos 12 meses- de quase 13 por cento.

Foco em comércio eletrônico

Até pouco tempo atrás irrelevante nos números da Cia Hering, o comércio eletrônico ganhou mais espaço na estratégia da empresa e deve concentrar as atenções a partir deste ano.

Responsável por apenas 1 por cento da receita bruta da companhia, que no ano passado somou 1,6 bilhão de reais, a loja virtual foi o canal de vendas da companhia a registrar maior taxa de crescimento em 2011, mais que dobrando o volume em relação ao ano anterior, sem contar com investimento em marketing.


"O foco é aumentar as vendas pelo canal online... aumentar o potencial do ecommerce", disse Hering, sem estabelecer metas ou revelar números.

Segundo ele, a empresa investiu em logística e tecnologia para aumentar a capacidade de distribuição e ter uma ferramenta "mais rápida e mais segura".

"Estamos terminando as melhorias em TI... logo vamos colocar dinheiro em marketing para impulsionar as vendas", afirmou o executivo. "É um negócio que vai ser significativamente maior em pouco tempo".

Paralelamente a essa estratégia, a companhia mantém o plano de inaugurar 75 lojas este ano, sendo 20 unidades da Hering Kids, bandeira recém-criada voltada ao público infantil.

A Cia Hering planeja investimentos de 66 milhões de reais em 2012, 40 por cento superior ao aporte feito no ano passado.

Acompanhe tudo sobre:CalçadosComércioEmpresasHeringRoupasTêxteisVarejoVendas

Mais de Negócios

O negócio que ele abriu no início da pandemia com R$ 500 fatura R$ 20 milhões em 2024

10 mensagens de Natal para clientes; veja frases

Ele trabalhava 90 horas semanais para economizar e abrir um negócio – hoje tem fortuna de US$ 9,5 bi

Bezos economizou US$ 1 bilhão em impostos ao se mudar para a Flórida, diz revista