Harley Davidson vai tirar parte de sua produção dos EUA
A empresa anunciou que planeja tirar parte de sua produção dos EUA para evitar as tarifas impostas pela União Europeia às suas motos
AFP
Publicado em 25 de junho de 2018 às 15h34.
Última atualização em 26 de junho de 2018 às 08h58.
A Harley Davidson planeja tirar dos Estados Unidos parte de sua produção para evitar as tarifas impostas pela União Europeia (UE) às suas motos, informou a empresa nesta segunda-feira.
A UE aumentou entre 6% e 31% a tarifa de importação de motos, o que eleva em cerca de 2.200 dólares o preço das Harley Davidson para os consumidores europeus.
A medida da UE foi tomada em represália às tarifas dos Estados Unidos sobre a importação de aço e alumínio.
A Harley Davidson vai levar entre 9 e 18 meses para migrar fábricas para o exterior - mas a empresa prometeu absorver a alta dos custos, em nota.
Para não perder vendas nos mercados-chave europeus, a empresa "enfrentará o significativo impacto gerado por essas tarifas", que ampliar entre 30 milhões e 45 milhões o gasto estimado para o resto do ano.
"A Harley Davidson mantém seu sólido compromisso para a fabricação nos Estados Unidos, o que é valorizado por motociclistas de todo o mundo", disse.
"Aumentar a produção internacional para aliviar as tarifas da UE não é a preferência da empresa, mas representa a única opção sustentável para fazer com que suas motos sejam acessíveis aos clientes da UE e manter um negócio viável na Europa", afirma a Harley Davidson.
Para a empresa, a Europa é seu segundo maior mercado, depois dos Estados Unidos. No ano passado ela relatou receita de 521,8 bilhões de dólares e lucro de 5,6 bilhões.
Além das motos Harley Davidson, a UE puniu com medidas tarifárias a importação de diversos produtos americanos, entre eles o uísque bourbon e o jeans.
Esses produtos têm "um impacto político fortemente simbólico", disse o vice-presidente para o Comércio da Comissão Europeia, Jyrki Katainen.