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Grupo Schahin pede recuperação judicial de R$ 6,5 bilhões

Cerca de 2.500 trabalhadores foram demitidos

Plataforma de petróleo da Schahin (Divulgação/Schain)
DR

Da Redação

Publicado em 18 de abril de 2015 às 08h37.

São Paulo - O grupo Schahin entrou nesta sexta-feira com pedido de recuperação judicial na Justiça paulista para 28 de suas empresas, que abrangem as áreas operacionais de Engenharia e de Óleo e Gás. Ao todo, o grupo está reestruturando uma dívida de R$ 6,5 bilhões, engrossando a lista de empresas envolvidas na Lava Jato que foram à Justiça para tentar se recuperar. Juntas, essas construtoras e fornecedoras de equipamentos já somam um passivo de R$ 27,5 bilhões.

Na Schahin, a reestruturação atingiu também seus funcionários. Foram demitidos 2.500 trabalhadores, restando 1.200 no grupo. Segundo informou ontem a empresa por meio de nota, o grupo está abandonando a área de engenharia para focar apenas a de óleo e gás.

O pedido de recuperação relata que a empresa tentou no fim do ano passado negociar com alguns credores suas dívidas, que exigiram sua saída do setor de engenharia. No porto de São Sebastião, por exemplo, há um mês a empresa vem demitindo funcionários.

Os credores mencionados pela Schahin são detentores de bônus e um sindicato de bancos, liderado pelo Mizuho, que financiou duas sondas da empresa: Sertão e Cerrado, que estão sob o guarda-chuva da Schahin Petróleo e Gás, empresa nacional, e que ficaram de fora do processo de recuperação.

O emaranhado de empresas listadas no processo protocolado na Justiça paulista se refere em sua maioria a companhias holdings, que não têm atividade operacional mas que garantem empréstimos do grupo. Das 28 que estão listadas, 13 são companhias nacionais e 15 estrangeiras.

As nacionais envolvem basicamente a área de engenharia e construção imobiliária. Já as estrangeiras são donas das quatro outras sondas da Schahin, todas alugadas à Petrobrás: Vitória 10.000, Lancer e as plataformas Pantanal e Amazônia. Dessas quatro, a Lancer está fora do processo de recuperação judicial. Assim, das seis sondas que são operadas pela Schahin em contratos com a Petrobrás, apenas três estão no processo de recuperação.

De acordo com o advogado da Schahin, Joel Thomas Bastos, as empresas que ficaram de fora é porque tinham "financiamento de projeto" e, por isso, têm condições de pagar suas dívidas com a própria receita. Apesar de a área de óleo e gás ter começado o ano com dívidas registradas de US$ 4,5 bilhões - cerca de R$ 13 bilhões -, apenas R$ 6,5 bilhões estão sujeitos à recuperação.

Petrobras

Das seis sondas que são operadas pela Schahin e alugadas à Petrobras, cinco foram paralisadas no início de abril. Ontem, a Petrobrás notificou a empresa para que explicasse o motivo da paralisação em 15 dias, sob pena de rescisão unilateral do contrato. Segundo o processo, esse foi um dos motivos que colocaram a empresa em situação ainda mais crítica, mas frisou que os contratos permitem paralisações e seriam de fácil explicação. Dentre os outros motivos apresentados para o pedido de recuperação estão a queda do preço do petróleo no mercado internacional e as investigações da Lava Jato, que esgotaram as fontes de crédito para o setor.

A empresa foi citada algumas vezes durante a operação e investigações estão em curso, mas, diferentemente de outras companhias, como OAS e Galvão, não chegou a ser implicada diretamente. A empresa ficou até mesmo de fora da primeira lista da Petrobrás, que acusava 23 empresas de formação de cartel. A Schahin, no entanto, foi incluída mais tarde na lista. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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São Paulo - O grupo Schahin entrou nesta sexta-feira com pedido de recuperação judicial na Justiça paulista para 28 de suas empresas, que abrangem as áreas operacionais de Engenharia e de Óleo e Gás. Ao todo, o grupo está reestruturando uma dívida de R$ 6,5 bilhões, engrossando a lista de empresas envolvidas na Lava Jato que foram à Justiça para tentar se recuperar. Juntas, essas construtoras e fornecedoras de equipamentos já somam um passivo de R$ 27,5 bilhões.

Na Schahin, a reestruturação atingiu também seus funcionários. Foram demitidos 2.500 trabalhadores, restando 1.200 no grupo. Segundo informou ontem a empresa por meio de nota, o grupo está abandonando a área de engenharia para focar apenas a de óleo e gás.

O pedido de recuperação relata que a empresa tentou no fim do ano passado negociar com alguns credores suas dívidas, que exigiram sua saída do setor de engenharia. No porto de São Sebastião, por exemplo, há um mês a empresa vem demitindo funcionários.

Os credores mencionados pela Schahin são detentores de bônus e um sindicato de bancos, liderado pelo Mizuho, que financiou duas sondas da empresa: Sertão e Cerrado, que estão sob o guarda-chuva da Schahin Petróleo e Gás, empresa nacional, e que ficaram de fora do processo de recuperação.

O emaranhado de empresas listadas no processo protocolado na Justiça paulista se refere em sua maioria a companhias holdings, que não têm atividade operacional mas que garantem empréstimos do grupo. Das 28 que estão listadas, 13 são companhias nacionais e 15 estrangeiras.

As nacionais envolvem basicamente a área de engenharia e construção imobiliária. Já as estrangeiras são donas das quatro outras sondas da Schahin, todas alugadas à Petrobrás: Vitória 10.000, Lancer e as plataformas Pantanal e Amazônia. Dessas quatro, a Lancer está fora do processo de recuperação judicial. Assim, das seis sondas que são operadas pela Schahin em contratos com a Petrobrás, apenas três estão no processo de recuperação.

De acordo com o advogado da Schahin, Joel Thomas Bastos, as empresas que ficaram de fora é porque tinham "financiamento de projeto" e, por isso, têm condições de pagar suas dívidas com a própria receita. Apesar de a área de óleo e gás ter começado o ano com dívidas registradas de US$ 4,5 bilhões - cerca de R$ 13 bilhões -, apenas R$ 6,5 bilhões estão sujeitos à recuperação.

Petrobras

Das seis sondas que são operadas pela Schahin e alugadas à Petrobras, cinco foram paralisadas no início de abril. Ontem, a Petrobrás notificou a empresa para que explicasse o motivo da paralisação em 15 dias, sob pena de rescisão unilateral do contrato. Segundo o processo, esse foi um dos motivos que colocaram a empresa em situação ainda mais crítica, mas frisou que os contratos permitem paralisações e seriam de fácil explicação. Dentre os outros motivos apresentados para o pedido de recuperação estão a queda do preço do petróleo no mercado internacional e as investigações da Lava Jato, que esgotaram as fontes de crédito para o setor.

A empresa foi citada algumas vezes durante a operação e investigações estão em curso, mas, diferentemente de outras companhias, como OAS e Galvão, não chegou a ser implicada diretamente. A empresa ficou até mesmo de fora da primeira lista da Petrobrás, que acusava 23 empresas de formação de cartel. A Schahin, no entanto, foi incluída mais tarde na lista. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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