Grupo RBS vende operações de mídia em Santa Catarina
A empresa gaúcha anunciou a venda de todas as suas operações em Santa Catarina aos empresários Carlos Sanchez e Lírio Parisotto
Da Redação
Publicado em 8 de março de 2016 às 11h26.
São Paulo - O Grupo RBS está deixando o mercado catarinense depois de 37 anos atuando no Estado.
Na segunda-feira, 7, a empresa gaúcha anunciou a venda de todas as suas operações em Santa Catarina - que incluem afiliadas da TV Globo, emissoras de rádio e jornais - aos empresários Carlos Sanchez e Lírio Parisotto. O valor do negócio não foi revelado, mas o jornal O Estado de S. Paulo apurou que o montante pode chegar a R$ 800 milhões.
Os compradores das operações da RBS em Santa Catarina são dois empresários com tradição em outros segmentos. De acordo com comunicado divulgado na segunda pelo grupo gaúcho, eles se uniram a outros investidores - não revelados - para fazer a aquisição.
O paulista Sanchez é conhecido no país como o "rei dos genéricos". Ele é dono do laboratório EMS, que é líder neste segmento de remédios no mercado brasileiro.
Já o gaúcho Parisotto é fundador da Videolar (ainda mais conhecida como fabricante de fitas VHS e DVDs, mas hoje atuando no setor petroquímico, rebatizada como Videolar-Innova) e atua como um investidor minoritário ativista.
Ele teve conflitos, por exemplo, com a administração de companhias como a Celesc (empresa de energia do Estado de Santa Catarina) e a Usiminas.
Na Usiminas - siderúrgica que hoje passa por sérias dificuldades financeiras e corre risco de pedir recuperação judicial -, Parisotto se uniu a outros pequenos acionistas e chegou a tentar assumir a presidência do conselho de administração, mas acabou barrado. Marcelo Gasparino, ligado ao empresário, acabou ficando no posto.
Parisotto também mantém um fundo de investimentos próprio - o LPar - e é um forte investidor em ações no mercado brasileiro.
O negócio entre os empresários e a RBS foi alinhavado ao longo dos últimos meses e, segundo fontes, recebeu o aval da Rede Globo para ser concretizado.
Além das afiliadas da emissora, o grupo gaúcho controlava rádios e jornais no Estado, como Diário Catarinense, Jornal de Santa Catarina e A Notícia (este último sediado em Joinville, principal polo econômico catarinense).
A venda a Parisotto e Sanchez foi anunciada na segunda aos funcionários da RBS em Santa Catarina. O processo de transição dos negócios, segundo comunicado divulgado pelo grupo gaúcho, poderá levar até dois anos.
A compra está sujeita à aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e demais órgãos reguladores.
Estratégia
Com a venda, a RBS passa a concentrar seus esforços de mídia no Rio Grande do Sul, onde o grupo empresarial foi fundado em 1957.
No Estado, a empresa mantém títulos como o jornal Zero Hora, Rádio Gaúcha e a RBS TV, que controla afiliadas da Rede Globo. A empresa também tem um site que reúne a produção de suas diversas empresas, o ClicRBS.
Além dos negócios de comunicação, o grupo é também proprietário da e.Bricks, empresa de investimento digital com atuação no Brasil e nos Estados Unidos.
São Paulo - O Grupo RBS está deixando o mercado catarinense depois de 37 anos atuando no Estado.
Na segunda-feira, 7, a empresa gaúcha anunciou a venda de todas as suas operações em Santa Catarina - que incluem afiliadas da TV Globo, emissoras de rádio e jornais - aos empresários Carlos Sanchez e Lírio Parisotto. O valor do negócio não foi revelado, mas o jornal O Estado de S. Paulo apurou que o montante pode chegar a R$ 800 milhões.
Os compradores das operações da RBS em Santa Catarina são dois empresários com tradição em outros segmentos. De acordo com comunicado divulgado na segunda pelo grupo gaúcho, eles se uniram a outros investidores - não revelados - para fazer a aquisição.
O paulista Sanchez é conhecido no país como o "rei dos genéricos". Ele é dono do laboratório EMS, que é líder neste segmento de remédios no mercado brasileiro.
Já o gaúcho Parisotto é fundador da Videolar (ainda mais conhecida como fabricante de fitas VHS e DVDs, mas hoje atuando no setor petroquímico, rebatizada como Videolar-Innova) e atua como um investidor minoritário ativista.
Ele teve conflitos, por exemplo, com a administração de companhias como a Celesc (empresa de energia do Estado de Santa Catarina) e a Usiminas.
Na Usiminas - siderúrgica que hoje passa por sérias dificuldades financeiras e corre risco de pedir recuperação judicial -, Parisotto se uniu a outros pequenos acionistas e chegou a tentar assumir a presidência do conselho de administração, mas acabou barrado. Marcelo Gasparino, ligado ao empresário, acabou ficando no posto.
Parisotto também mantém um fundo de investimentos próprio - o LPar - e é um forte investidor em ações no mercado brasileiro.
O negócio entre os empresários e a RBS foi alinhavado ao longo dos últimos meses e, segundo fontes, recebeu o aval da Rede Globo para ser concretizado.
Além das afiliadas da emissora, o grupo gaúcho controlava rádios e jornais no Estado, como Diário Catarinense, Jornal de Santa Catarina e A Notícia (este último sediado em Joinville, principal polo econômico catarinense).
A venda a Parisotto e Sanchez foi anunciada na segunda aos funcionários da RBS em Santa Catarina. O processo de transição dos negócios, segundo comunicado divulgado pelo grupo gaúcho, poderá levar até dois anos.
A compra está sujeita à aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e demais órgãos reguladores.
Estratégia
Com a venda, a RBS passa a concentrar seus esforços de mídia no Rio Grande do Sul, onde o grupo empresarial foi fundado em 1957.
No Estado, a empresa mantém títulos como o jornal Zero Hora, Rádio Gaúcha e a RBS TV, que controla afiliadas da Rede Globo. A empresa também tem um site que reúne a produção de suas diversas empresas, o ClicRBS.
Além dos negócios de comunicação, o grupo é também proprietário da e.Bricks, empresa de investimento digital com atuação no Brasil e nos Estados Unidos.