Negócios

Grupo que comprou Varig avalia plano de contingência

Reunião no Rio entre novos e antigos donos discute situação da companhia aérea

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h39.

Os grupo que assumiu a Varig e os antigos donos estão reunidos desde manhã, no Rio, com um objetivo: não deixar a companhia parar. Segundo Márcio Marsillac, coordenador dos Trabalhadores do Grupo Varig (TGV) - que teve sua proposta de compra da empresa, por 1,010 bilhão de reais, homologada pela Justiça na segunda-feira -, algumas aeronaves da Varig estão ameaçadas de paralisar suas operações devido aos movimentos judiciais das empresas de leasing norte-americanas. "Não vamos deixar a Varig parar, nem que tenhamos de implementar um plano de contingência, com um número menor de aeronaves, para passar esse momento de transição e retomar as rotas depois", disse. Os trabalhadores, representados pela empresa NV Participações, apresentaram a única proposta de compra da Varig Operacional no leilão realizado no último dia 8.

Nas últimas semanas, a Varig tem cancelado em média 10% de seus vôos, devido à falta de aeronaves. O plano de contingência prevê 30 dos 49 aviões de que a empresa dispõe no momento em operação para vôos domésticos e internacionais. Os outros 19 poderiam ficar em solo em razão de decisão judicial. Seria dada prioridade às necessidades dos consumidores e às rotas mais rentáveis. Marsillac disse que as aeronaves não serão arrestadas: "A decisão que existe é de que devem ficar no solo para evitar a responsabilização, e até mesmo prisão dos administradores, e o pagamento de multa."

De acordo com Marsillac, os nomes dos investidores consorciados serão revelados tão logo a NV Participações tenha a certificação do depósito inicial de 75 milhões de dólares, previsto no edital de venda.

O juiz Luiz Roberto Ayoub, da 8ª Vara Empresarial do Rio, que homologou a venda, deu prazo até sexta-feira para o depósito da quantia e concretização da venda. Os trabalhadores dizem esperar ajuda do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para o pagamento. Segundo o juiz, caso o dinheiro não seja apresentado no prazo, poderá haver outro leilão da Varig.

Acompanhe tudo sobre:[]

Mais de Negócios

11 franquias mais baratas do que viajar para as Olimpíadas de Paris

Os planos da Voz dos Oceanos, nova aventura da família Schurmann para livrar os mares dos plásticos

Depois do Playcenter, a nova aposta milionária da Cacau Show: calçados infantis

Prof G Pod e as perspectivas provocativas de Scott Galloway

Mais na Exame