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Grupo Kontik investe R$ 15 milhões para crescer no Brasil

Companhia de viagens mira chegar ao primeiro bilhão de faturamento ainda em 2022, de olho na retomada de viagens pós-pandemia

Grupo quer chegar ao primeiro bilhão de faturamento ainda em 2022 (Design/Getty Images)

Grupo quer chegar ao primeiro bilhão de faturamento ainda em 2022 (Design/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 27 de maio de 2022 às 06h30.

Última atualização em 27 de maio de 2022 às 08h39.

O grupo Kontik, dono das marcas Kontrip e Zupper, anunciou que vai investir R$ 15 milhões em inovação e automação de processos para melhorar eficiência e experiência dos clientes em 2022. O principal objetivo é formar as bases para chegar ao primeiro bilhão de faturamento – crescimento de 65% em relação ao ano passado – que completa a trajetória de alta da companhia. Em 2021, o grupo transacionou mais de 500 mil viagens, crescimento de 25% em relação ao ano anterior. 

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Para chegar até a meta de faturamento, a companhia vai investir o dinheiro do próprio caixa, acumulado ao longo dos últimos anos e utilizado principalmente para reinvestimento. A companhia não abre informações sobre lucro e prejuízo do período. De todo modo, o aporte vem em um momento bastante duro para startups em termos de captação, com investidores fugindo de ativos de risco. Para Fernando Vasconcellos, co-CEO do Grupo Kontik, apesar do momento atual, é necessário reforçar a operação em meio à retomada da vida presencial. “Queremos desenvolver ainda mais a facilidade de compra para nossos clientes. Acredito que momentos duros como esse vêm para que a gente consiga se reinventar, apostar em inovações e nos diferenciar de concorrentes”, diz.  

Hoje, o principal público do grupo, em receita, é o corporativo, que responde por 60% do faturamento. A companhia atua dentro do nicho de Travel Management Company, ou seja, empresas que vão além da reserva de passagens e cuidam de outros pontos como hospedagens, roteiros, visando contribuir para a estratégia de negócios dos clientes no mercado. Dentro do atendimento B2B, o grupo conta com a Kontrip, plataforma de viagens para pequenas e médias empresas, além da Kontik Corporate, focada em grandes empresas. 

É um setor que está voltando aos poucos ao ritmo pré-pandemia. Dados do Levantamento de Viagens Corporativas criado FecomercioSP mostraram que, em fevereiro deste ano, o faturamento dos setores ligados a viagens corporativas foi de R$ 5,4 bilhões, aumento de 143% em relação ao mesmo período de 2021. Já em relação a fevereiro de 2020, pré-pandemia, o valor está quase R$ 3 bilhões menor. 

Os demais 40% do faturamento vêm de viagens para pessoa física. Nesse nicho, o principal foco está na Zupper, agência de viagens on-line. Este, ao menos, parece voltar com maior intensidade diante da demanda reprimida do período. Ao mesmo tempo, a inflação  ameaça a força da retomada. Para tomar como exemplo, as passagens aéreas foram os itens que mais subiram na prévia da inflação de maio, segundo dados do IBGE. 

Em um ambiente cada vez mais concorrido, vence quem for mais forte. Questionado a respeito do diferencial para sites de viagens com branding mais consolidado, como Decolar e Booking, o CEO explica que o atendimento ao cliente e o investimento em tecnologia desempenham papel essencial. “Não acredito na fidelização apenas pelo preço, mas sim pela experiência completa da viagem”, diz o executivo. 

A seu modo, a companhia vem fazendo a sua parte. No Reclame Aqui, as principais empresas do grupo, Kontrip e Zupper, tem uma reputação considerada “Boa”, com nota 7,4. Ambas respondem a todas as queixas, que têm como alvo principal problemas com passagens aéreas. É o primeiro passo para conquistar de vez o coração do consumidor brasileiro.

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