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Grupo Carrefour atua na proteção às florestas e à biodiversidade

Compromisso da companhia com a sustentabilidade inclui Comitê de Florestas e um fundo de R$ 50 milhões para proteção de florestas e biodiversidade

Dr. Carlos Nobre: cientista climático e especializado na Amazônia (Grupo Carrefour/Divulgação)
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Publicado em 8 de novembro de 2023 às 09h00.

Última atualização em 8 de novembro de 2023 às 09h03.

Em um contexto de emergência por conta das mudanças climáticas e de suas causas diretas e indiretas, o Grupo Carrefour Brasil vem dedicando uma agenda estratégica para a implementação de ações que transformam e repensam o modelo de negócios para uma abordagem cada vez mais regenerativa da cadeia de produção alimentar.

Um dos principais problemas é a emissão de CO2 pelas práticas produtivas — em 2021, segundo o Observatório do Clima, as emissões de gases de efeito estufa no Brasil aumentaram 12,2%. A destruição florestal e da biodiversidade é outro problema grave: nos primeiros sete meses deste ano, mais de 2,4 mil quilômetros quadrados da floresta amazônica foram derrubados, de acordo com o Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia, o Imazon, ainda que houve uma redução de 50% nos desmatamentos da Amazônia brasileira nos primeiros nove meses do ano em relação ao mesmo período de 2022.

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Para viabilizar uma agenda robusta nesse cenário delicado, o Grupo Carrefour criou o Comitê de Florestas, composto de sete membros, sendo dois executivos internos e cinco especialistas em climatologia, rastreabilidade e impacto socioambiental. O objetivo do Comitê é definir diretrizes que potencializem a presença de produtos sustentáveis nas cadeias de valor do Grupo. Também busca a evolução acelerada de mecanismos de rastreabilidade de produtos como a carne e a soja, que possam confirmar que a origem de tais produtos se encontra fora das zonas de desmatamento.

O comitê é representado pelos especialistas dr. Carlos Nobre, cientista climático e especializado na Amazônia; dr. Eduardo Assad, cientista, pesquisador e professor brasileiro especializado em agropecuária e mudanças climáticas; dr. Arnaldo Carneiro Filho, agrônomo  e ex-pesquisador sênior do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia; Rachel Bidermann, doutora em Administração Pública e mestre em Ciência Ambiental; e Marina Piatto, agrônoma e diretora executiva do Instituto Imaflora; além dos executivos do Grupo Stephane Maquaire, CEO do Grupo no Brasil, e Carine Kraus, diretora executiva de Engajamento Global do Grupo Carrefour.

“A criação do Comitê de Florestas que suporta o conselho de administração e comitê executivo do Grupo para fomentar a agenda de biodiversidade é uma inovação no modelo de governança em nosso país. Contamos com membros renomados e experts em suas áreas de atuação, que vêm provocando e colaborando na revisão e na evolução de nossos compromissos e estratégias, para avançarmos de maneira consistente e mais disruptiva, com iniciativas que necessariamente se conectem com as nossas cadeias de valor”, afirma Susy Yoshimura, diretora de ESG do Grupo Carrefour Brasil.

Susy Yoshimura: diretora de ESG do Grupo Carrefour Brasil (Grupo Carrefour/Divulgação)

Para o renomado climatologista Carlos Nobre, o comitê é importante para direcionar a empresa a guiar suas políticas de sustentabilidade e verificar a implementação delas, além de contribuir e influenciar toda as cadeias a combater e erradicar o desmatamento. “A iniciativa estimula a rastreabilidade de todos os produtos que a companhia distribui no Brasil, e vai ajudar a valorizar muito mais os produtos da biodiversidade brasileira. É essencial que a companhia se engaje e influencie a produção sustentável”, explica. O cientista destaca, ainda, que esse tipo de comitê não é visto em outras empresas brasileiras, e é ainda mais inovador entre os varejistas. “O Grupo Carrefour Brasil se destaca no tema e na forma, pois o comitê tem uma responsabilidade muito grande de como valorizar novas formas de produção nas cadeias e apoiar o processo de conscientização e escolha do consumidor”, conta.

O comitê, além de seu papel de contribuir para estratégias do Grupo e aconselhamento à alta liderança da companhia, também é responsável por apoiar as diretrizes de investimento do Fundo de Florestas da companhia de R$ 50 milhões, que financiará, até 2026, projetos de rastreabilidade e promoção da sociobiodiversidade.

“O comitê tem nos orientado sobre como investir, que critérios ponderar para fazer escolha, que nos levem à alta consistência e impacto e, ao mesmo tempo, tenha conexão com a nossa cadeia de valor. Queremos apoiar nossa cadeia e colaborar com novas formas de produção, comercialização e consumo. Esse é o nosso diferencial dos demais setores do processo produtivo: temos a possibilidade de colaborar com toda a cadeia de fornecedores, mas também de fazer do produto um processo educativo com nossos consumidores”, explica Susy.

Uma soma de ações

O compromisso do Grupo Carrefour com a proteção às florestas e à biodiversidade não é recente. A companhia apoia iniciativas neste tema desde 2010 e é signatária de convenções, coalizões e protocolos em defesa do meio ambiente. Ultimamente, vem impulsionando avanços significativos em quatro parcerias para projetos de conservação e sustentabilidade, que visam promover a rastreabilidade na cadeia da carne, fomentar a assistência técnica e maior produtividade, boas práticas de agricultura regenerativa, gerando um impacto positivo direto às comunidades locais e aos pequenos produtores.

Projeto desenvolvido pela Conservation International que promove a agricultura sustentável com enfoque na produção de soja, no estado do Tocantins, no bioma cerrado. Por meio dele, é possível promover a capacitação dos agricultores para adotarem práticas de baixo carbono e acesso ao crédito.

O projeto desenvolvido pelo Instituto Internacional de Educação do Brasil (IEB) e Terra Maré fortalece a pesca artesanal com impacto direto nas comunidades locais, oferecendo capacitação, geração de renda e valorização do produto local, além de promover a conservação dos ecossistemas marinhos.

Iniciativa em parceria com o IDH visa promover práticas sustentáveis na cadeia pecuária que oriente os produtores desde o nascimento dos bezerros até o pré-abate. Tem como objetivo rentabilizar as fazendas de pequenos produtores de indiretos.

Iniciativa liderada pela National Wildlife Federation (NWF) tem como foco trabalhar a implementação da rastreabilidade na cadeia bovina, visando identificar os principais riscos de fornecimento relacionados ao desmatamento e a outros critérios socioambientais relevantes, promovendo o engajamento de frigoríficos na Amazônia e cerrado, com discussões transparentes entre os elos da cadeia. Com o trabalho realizado, frigoríficos podem implementar melhorias de rastreabilidade e monitoramento na Amazônia e cerrado e priorizar seus esforços em pontos de maior criticidade.

“Os desafios relacionados à proteção das florestas e à biodiversidade não podem ser solucionados do dia para a noite, mas quando vemos que a maior varejista e uma das maiores empresas privadas do país está engajada no tema, isso gera uma reação em cadeia, causando um impacto maior, mobilizando outras empresas e consumidores”, reforça Carlos Nobre.

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