15 tombos do mundo dos negócios de 2013
Maus negócios, brigas e até crimes. Veja 15 grandes empresas e empresários que cometeram deslizes este ano
Da Redação
Publicado em 20 de dezembro de 2013 às 05h12.
Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 15h21.
São Paulo – Grandes mancadas marcaram o ano de 2013 no mundo dos negócios.
Empresas tiveram seus nomes envolvidos em esquemas de corrupção. Outras erraram feio nos negócios e viram os lucros despencarem. Veja, a seguir, 15 grandes tombos dos negócios de 2013:
Em outubro do ano passado, Eike Batista se comprometeu a investir até 1 bilhão de dólares do próprio bolso na OGX . Em junho deste ano, chegou a assinar o termo que legalizava a promessa, mas a petroleira nunca viu o dinheiro. O resultado foi o pedido de recuperação judicial da OGX, que selou de vez o destino de Eike. Nos últimos dois anos, o empresário perdeu 60 bilhões de reais.
A troca de farpas entre os arqui-inimigos Abílio Diniz e Jean-Charles Naouri está longe do fim, ainda que a disputa oficial pela presidência do Pão de Açúcar tenha terminado. Em junho, em entrevista à revista Veja, Abilio afirmou que “Naouri não tem pudor de mentir. Quando vi quem ele realmente era, ficou claro que não podia mais ficar como sócio”. Em setembro, falou à revista EXAME: “o Pão de Açúcar é meu DNA. O Pão de Açúcar vai comigo aonde eu for”. Em dezembro, Naouri, em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, discretamente respondeu: “não herdei, e sim, construí minha carreira”.
No fim de novembro, a Petrobras anunciou aumento de 4% no preço da gasolina e 8% no preço do diesel. O mercado, porém, esperava um aumento de ao menos 8% no preço da gasolina, além da divulgação de uma fórmula de reajuste automático. A fórmula daria algum grau de previsibilidade aos gastos da estatal com a oscilação do petróleo. A s ações caíram 10% em um dia, o equivalente a 25 bilhões de reais em valor de mercado.
Em maio, Jorge Queiroz pegou mulher e filhos e se mudou para o continente europeu, sem dizer exatamente para onde. O Grupo Rede de energia, do qual era presidente, está em recuperação judicial desde 2012 e tem dívidas de mais de 6 bilhões de reais, que não foram pagas. Os credores só verão o dinheiro a partir de 2014, quando a Energisa, que comprou a Rede, poderá assumir a companhia.
Desde que abriu seu IPO em 2011 até a saída de Andrew Mason do comando da Groupon, a empresa de compras coletivas pela internet viu suas ações caírem 85%. Uma sucessão de erros por parte do então presidente executivo ajudou na queda: desde a subestimação dos concorrentes até a sequência de aquisições sem a devida integração. Ele foi demitido em abril.
Após perder disputa judicial contra o Google , Larry Ellison, presidente executivo da Oracle , acusou Larry Page, CEO da concorrente, de ter sido “mau”. A declaração foi dada em entrevista para a rede de televisão CBS. Ellison acusa o Google de “roubar” a tecnologia Java para utilizá-la em seu sistema Android.
Quando o grupo Itochu gastou 3 bilhões de dólares para comprar parte da mineradora Namisa , da CSN , o plano era expandi-la para que, até o fim de 2013, ela comercializasse 38 milhões de toneladas de minério de ferro. O ano chegou ao fim e a Namisa produz hoje apenas um sexto do acordado, porque Benjamin Steinbruch e o conselho da mineradora que ele preside decidiram não investir. Os japoneses pedem o dinheiro de volta, mas a CSN já disse que não vai pagar.
A sensação do mercado com os produtos da Apple lançados este ano era a mesma: já vi isso antes. Com cada vez menos inovações, as vendas continuaram a crescer, mas a um ritmo muito menor que o visto em anos anteriores. A concorrência ganhou espaço e o resultado ficou claro: ao fim do ano fiscal de 2013, fechado em outubro, a Apple registrou queda nos lucros de 11,2%.
Semanas depois de ter sido acusado de envolvimento em escândalos recentes de pagamentos de suborno e gastos excessivos com executivos, o presidente do conselho de administração da ThyssenKrupp, Gerhard Cromme, deixou o cargo. Sua administração também foi criticada por seus acionistas depois de ter queimado bilhões de euros na construção de duas novas minas de aço nos Estados Unidos e no Brasil que trouxeram prejuízos em 2012.
Em fevereiro deste ano, o megaempresário Donald Trump vendeu um de seus maiores cassinos em Atlantic City, o Trump Plaza, por 20 milhões de dólares. O valor é um décimo do que foi investido na sua construção e é considerado baixo para o setor. Segundo analistas, esse foi o indício de uma nova crise, que pode levar a Trump Entertainment Resorts à falência.
Outra crise abateu o bilionário no ano. Em agosto, o procurador geral de Nova York entrou com uma ação contra Trump e sua escola de investimentos por práticas ilegais de negócios.
Depois de fazer a rede de varejo americana J.C. Penney perder 1 bilhão de dólares em menos de dois anos, Ron Johnson foi demitido em abril deste ano. Algumas de suas medidas que depois se comprovaram suicidas: acabou com os cupons de descontos pelos quais as lojas eram conhecidas e tirou da prateleira marcas queridinhas pelos consumidores. As vendas caíram 25%.
Em maio deste ano, foi descoberto que, entre os anos 2000 e 2008, a Siemens e a Alston se uniram em cartel para fraudar licitações em obras de metrôs e trens para o estado de São Paulo. A informação veio de dentro da própria Siemens. Desde 2007, a empresa realiza uma faxina interna, depois que uma investigação na Alemanha descobriu que a Siemens pagou 1,4 bilhão de euros a políticos e funcionários públicos para conseguir obras públicas. Em dezembro, um alto executivo da empresa admitiu a suspeita de que 7 bilhões haviam sido desviados para o pagamento de propinas.
Diante da denúncia da existência de uma máfia dos auditores fiscais em São Paulo, que recebia propinas em troca da liberação de obras, a construtora Brookfield admitiu ter pago 4,1 milhões de reais em propina. Mais tarde, afirmou ter sido extorquida. Em dezembro, uma lista encontrada em computador de um dos fiscais investigados colocou sob suspeita 401 empreendimentos.
Em março, a fabricante de roupas de ginástica canadense Lululemon teve de anunciar um recall de 17% de suas peças de roupas em circulação. O motivo: as calças se mostraram transparentes. Suas ações caíram 17,5%. Depois do incidente, uma série de brigas internas e crises de imagens fizeram o fundador e então presidente da empresa renunciar em dezembro.
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