GP São Paulo de Fórmula 1 cresce e deve movimentar R$ 1,2 bilhão
A organização espera receber mais de 230 mil pessoas ao longo dos três dias do evento, realizado no Autódromo de Interlagos, em São Paulo
Marcos Bonfim
Publicado em 11 de novembro de 2022 às 06h08.
O Grand Prix de São Paulo de Fórmula 1 deve receber mais de 230.000 pessoas nos três dias de evento, que começa nesta sexta-feira, 11, e segue até domingo, 13. O número representa crescimento de 30% em relação ao ano de 2021 e deve estabelecer um novo recorde de público para o evento, obtido no ano passado com cerca de 180.000 pessoas.
A alta tende a ser expressiva também no impacto econômico gerado para a capital paulista e a expectativa é de que supere R$ 1,2 bilhão. Em 2021, segundo Observatório de Turismo e Eventos (OTE), da SPTuris, o valor ficou em R$ 959,5 milhões, considerando a organização, ação dos patrocinadores, ativações da marca, transmissão e mídia, além do público do evento.
Os resultados são explicados em parte porque aproximadamente 65% das pessoas que assistem ao GP no Autódromo de Interlagos são de fora da cidade de São Paulo e movimentam hotéis, restaurantes, bares, táxis e demais serviços na capital paulista.
“A Fórmula 1 é a maior ocupação dos hotéis de São Paulo, é a maior ocupação dos restaurantes de São Paulo, é o maior índice de serviços de táxi, Uber e transporte de todo o entretenimento da cidade”, afirma Francisco Mattos, diretor-executivo do GP de São Paulo da F1 e funcionário da IMM Esporte e Entretenimento, empresa que assumiu a organização do evento em 2021.
Os dados refletem um processo de transformação global pelo qual a Fórmula 1 está passando desde que a empresa americana Liberty Media adquiriu o formato, em 2017.
Como a F1 mudou para atrair millenials
De competição automotiva, o evento procura se posicionar cada vez mais com uma plataforma de entretenimento e de geração de experiências para atrair uma nova geração de fãs.
Um exemplo da movimentação é a série “Dirigir para Viver”, feita em parceria com a Netflix e que mostra os bastidores da competição. O projeto, a caminho da sua quinta temporada, virou uma sensação e aproximou os millenials do dia a dia dos atletas.
No GP São Paulo, antes conhecido como GP Brasil, a estratégia é fazer com que o evento de três dias se torne uma plataforma de experiência perene, unindo entretenimento, comunicação ao longo de todo o ano e ações com parceiros.
Em 2022, o desdobramento dessa nova concepção foi traduzida, por exemplo, com o lançamento de NFTs e de uma exposição sobre os 50 anos do GP no Brasil. E, ainda, numa parceria entre Waze e a Band com narrações dos apresentadores da emissora para que motoristas baixem e usem em seus apps e uma festa beneficente realizada com o Instituto Ayrton Senna com direito a leilão de itens do maior ídolo nacional do automobilismo.
O novo modelo de negócios também virou tema de um evento da HSM. A empresa reuniu empresários no Autódromo de Interlagos na segunda, 7, que puderam conhecer como funciona todo a engenharia da operação.
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