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Governo português espera para se posicionar sobre venda da Vivo

Lisboa - O ministro de Obras Públicas, Transportes e Comunicações português, Antonio Mendonça, declarou hoje que seu Governo se posicionará sobre a oferta da Telefónica a Portugal Telecom (PT) pela operadora brasileira Vivo "quando for oportuno". O Executivo português conta com uma "golden share" (ação de ouro) na companhia, cujo uso pode servir para frear […]

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h38.

Lisboa - O ministro de Obras Públicas, Transportes e Comunicações português, Antonio Mendonça, declarou hoje que seu Governo se posicionará sobre a oferta da Telefónica a Portugal Telecom (PT) pela operadora brasileira Vivo "quando for oportuno".

O Executivo português conta com uma "golden share" (ação de ouro) na companhia, cujo uso pode servir para frear possíveis ofertas públicas de aquisição.

Mendonça opinou que a proposta da Telefónica pela Vivo se deve "ao bom trabalho" feito pela Portugal Telecom com a operadora brasileira, à qual as duas companhias controlam 50%.

A Portugal Telecom confirmou ontem à noite a recepção de uma proposta de 6,5 bilhões de euros - 800 milhões de euros a mais que a oferta oficial da empresa espanhola - para vender sua participação na Vivo à Telefónica e anunciou a convocação de uma assembleia geral para tomar uma decisão.

"O interesse da Telefónica é a mostra do bom trabalho da PT com a Vivo e dos esforços de internacionalização da empresa", afirmou.

Questionado sobre a possibilidade de que o Governo português utilize sua "golden share" na PT, Mendonça respondeu que o Executivo "segue com atenção o que está ocorrendo, mas por enquanto deixa a discussão de uma solução com a administração e aos acionistas".

A administração da Portugal Telecom ressaltou ontem, em comunicado, que a proposta da companhia espanhola "não reflete o valor estratégico deste ativo" e disse que solicitará a convocação de uma junta extraordinária de acionistas para que eles possam se pronunciar sobre a oferta.

A PT tem entre seus maiores acionistas, fora a Telefónica, o grupo financeiro português Espírito Santo (7,99%), Brandes Investment Partners (7,89%), o banco público português Caixa Geral de Depósitos (7,30%) e o conglomerado português Ongoing (6,74).

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