Governo estuda privatização da Infraero em partes, diz ministro
Segundo o ministro, uma das ideias em estudo é dividir a empresa em até seis partes, divididas por regiões geográficas
Reuters
Publicado em 6 de junho de 2017 às 20h33.
Brasília - O governo federal estuda opções para privatização da Infraero , incluindo a venda de partes da empresa e a concessão em blocos de aeroportos, e já decidiu pela cisão da área de torres de controle numa nova empresa pública, disse nesta terça-feira o ministro dos Transportes, Maurício Quintella.
Na véspera, fontes disseram à Reuters que o governo estava acelerando estudos para a estatal aeroportuária, que acumula prejuízos bilonários nos últimos anos.
"O governo está estudando se privatiza ela toda ou se concede partes", disse Quintella à Reuters, após reunião na Casa Civil para tratar do assunto.
Segundo o ministro, uma das ideias em estudo é dividir a empresa em até seis partes, divididas por regiões geográficas, vendendo-as separadamente e colocando dentro de cada bloco as concessões dos aeroportos das respectivas regiões sob controle da estatal.
Outra opção é privatização ou concessão de parte da empresa, e a abertura de capital do restante, disse.
Uma nova reunião deve ocorrer em cerca de 15 dias para voltar a tratar do assunto. Quintella acredita que alguma solução deve ser alcançada até julho.
Quintella também confirmou conteúdo da reportagem da Reutersde que o governo pretende criar uma nova estatal para ficar com os ativos da Infraero ligados à área de navegação e que se chamaria Nav Brasil.
"Isso já é certo. É um processo bem menor, os militares concordam", disse Quintella, afirmando que a ideia é que a nova empresa seja criada por meio de Medida Provisória.
O ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, participou da reunião e confirmou que os estudos envolvem um cenário de privatização, mas ponderou que neste momento as hipóteses mais fortes envolvem a concessão de aeroportos em blocos.
Segundo Quintella, a área econômica do governo hoje prefere a solução da privatização, pois do ponto de vista fiscal a ideia de privatização seria mais efetiva.
"Eles defendem uma posição mais forte de privatização", disse o ministro.