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GOL tem prejuízo líquido de R$245,1 mi no 3º trimestre

Resultado é maior que os 197 milhões de reais do mesmo período do ano passado


	Aviões da GOL estacionados em um terminal do Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro
 (Dado Galdieri/Bloomberg)

Aviões da GOL estacionados em um terminal do Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro (Dado Galdieri/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 11 de novembro de 2014 às 20h39.

Rio de Janeiro - A companhia aérea GOL ampliou o prejuízo líquido no terceiro trimestre, na comparação anual, pressionada pela variação cambial no período.

A empresa informou nesta terça-feira um resultado negativo de 245,1 milhões de reais, ante prejuízo de 197 milhões um ano antes.

"Neste trimestre teve uma variação cambial que levou a um prejuízo, que não tem efeito caixa", disse à Reuters o vice-presidente-financeiro e de relações com investidores da GOL, Edmar Lopes, acrescentando que o resultado operacional da companhia ficou dentro do planejado. 

"O nosso cenário é de perspectiva de um real mais fraco e a gente está se preparando para isso", acrescentou. 

Segundo ele, ainda é cedo para calcular se a demanda mais forte das festas de fim de ano será suficiente para reduzir o impacto do câmbio nos últimos meses de 2014. 

A companhia divulgou em outubro que a receita por passageiro (Prask) subiu 9,1 por cento no terceiro trimestre sobre um ano antes, mas o yield, indicador de preços de passagens aéreas, caiu 2 por cento no período.

A taxa de ocupação avançou 7,9 pontos no terceiro trimestre, para 77,5 por cento, e Lopes vê espaço para crescimento.

"A (taxa de ocupação) da indústria está rodando perto de 80 por cento. A gente ainda tem um espaço para atingir a média da indústria, mas dizer onde isso vai chegar é difícil", afirmou.

O executivo disse que o plano de aviação regional, que prevê ampliar o acesso da população ao transporte aéreo,com subsídios às companhias aéreas e investimentos em aeroportos regionais, pode ajudar no aumento desta taxa. 

Ele também confirmou que a possível encomenda de novos jatos da família E-Jets E2 da fabricante de aeronaves Embraer, atualmente em negociação, seria utilizada dentro do programa de aviação regional. 

"Sim (...). Qualquer aquisição, de qualquer aeronave na GOL não pode ser justificada por algo que pode ter um prazo para acabar. Um avião vai ser usado no mínimo por oito a dez anos", afirmou. 

Sobre novos cortes na oferta doméstica em 2015, o executivo disse que ainda não há nada definido. A projeção da GOL é de corte de 1 a 3 por cento este ano, sendo que no acumulado do ano a redução é de 2,9 por cento. 

No terceiro trimestre, a receita operacional líquida da GOL foi de 2,5 bilhões de reais, alta anual de 10,4 por cento. 

A receita de transporte de passageiros aumentou 7,2 por cento, a 2,2 bilhões de reais, enquanto a de transporte de cargas e outros avançou 44,6 por cento, a 272,3 milhões de reais. 

A geração de caixa medida pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação, amortização e leasing de aeronaves (Ebitdar, na sigla em inglês) atingiu 462,8 milhões de reais, avanço de 24,2 por cento na mesma base de comparação.

Texto atualizado com mais informações às 21h38min do mesmo dia.

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