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Gol manterá encomenda de 135 aeronaves de modelo envolvido em acidente

Para Paulo Kakinoff, avião é "o melhor" nesse momento e "com alto nível de segurança"

Gol: aérea manterá encomenda de Boeing 737 (Paulo Whitaker/Reuters)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 2 de abril de 2019 às 15h22.

Última atualização em 2 de abril de 2019 às 15h25.

São Paulo - O presidente da Gol , Paulo Kakinoff, afirmou que a companhia área não tem intenção de alterar o contrato de encomenda de 135 aeronaves Boeing 737 Max 8 para até 2028 em razão do acidente aéreo ocorrido com a companhia aérea Ethiopian Airlines com a mesma aeronave e que levou a suspensão dos voos mundialmente. "Vamos manter nossa encomenda. Temos 12.400 horas de voo testados. É a melhor aeronave nesse momento e com alto nível de segurança", comentou em conversa com jornalistas durante evento em São Paulo.

Kakinoff disse ainda que a Gol está acompanhando os testes que estão sendo feitos pela Boeing e que é preciso aguardar os resultados da fabricante para entender as causas do acidente aéreo. No entanto, Kakinoff comentou que as hipóteses de que o acidente esteja relacionado a questões de comunicação e de treinamento possam ser plausíveis.

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Ele falou ainda que observa o processo de negociações envolvendo a recuperação judicial da Avianca Brasil, do ponto de vista de avaliação de mercado, e que é cedo para a companhia se posicionar em um eventual interesse nos ativos da companhia aérea.

Kakinoff comentou também que os últimos leilões demonstraram acerto do governo no refinamento do modelo de concessão. "Os refinamentos feitos nos contratos até então e o modelo comercial se mostraram uma combinação promissora, o que ficou demonstrado no resultado do últimos leilões", disse durante painel sobre turismo do Brazil Investment Forum, evento promovido pelo Bradesco BBI.

Ele mencionou ainda que para as companhias aéreas mais importante do que aspectos tributários são a possibilidade de investimento nos aeroportos. "A esmagadora maioria das pessoas não têm acesso à malha área porque não há aeroportos para receber companhias aéreas do porte das comerciais que mais operam no País", afirmou.

Kakinoff citou que, embora o Brasil seja o quinto maior mercado doméstico de aviação do mundo, tem apenas um aeroporto, de Brasília, com duas pistas, o que contrasta com outros países que, por exemplo, tem uma proporção de pelo menos 55% de aeroportos com duas pistas.

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