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Gol diz que preços de passagens tendem a se recuperar

A menor demanda de clientes corporativos e iniciativas para atrair passageiros a lazer com preços reduzidos se causaram redução na receita líquida da GOL

Logo da Gol (Divulgação)
DR

Da Redação

Publicado em 14 de agosto de 2015 às 12h52.

São Paulo - A GOL disse que medidas a serem tomadas para reduzir sua oferta no mercado doméstico e ajustar sua política de precificação permitem falar em uma tendência de recuperação a partir de agora no indicador que mede os preços de passagens (yield), que sofreu uma queda de 17 por cento no segundo trimestre.

A menor demanda de clientes corporativos e iniciativas para atrair passageiros a lazer com preços reduzidos se refletiram, entre outros fatores, em uma redução de 10,5 por cento na receita líquida da GOL de abril a junho ante o mesmo período do ano passado.

O presidente-executivo da GOL, Paulo Kakinoff, disse que os próximos trimestres devem ser melhores que o segundo, após a companhia reduzir sua projeção de crescimento da oferta no Brasil em 2015 para uma faixa entre zero e queda de 1 por cento, ante previsão anterior de crescimento zero.

Questionado sobre o motivo de a companhia não ter previsto uma redução ainda maior diante dos números fracos de receita, Kakinoff afirmou que pouco adianta que a GOL tome a iniciativa isoladamente.

"Não faz sentido que GOL e Latam continuem reduzindo a oferta além do que já foi anunciado sem que haja o mesmo comportamento dos demais 'players'", afirmou, referindo-se às rivais Azul e Avianca. Segundo ele, uma redução de oferta em centros importantes de conexões também poderia provocar a migração de clientes para a concorrência, sem necessariamente aumentar o yield.

"Ainda assim estamos fazendo a redução porque há uma parcela da malha em que podemos fazer sem comprometer", disse.

Na avaliação do executivo, uma recuperação da economia que impacte o setor deve ocorrer em uma velocidade lenta e gradual. Em agosto, o número de passageiros já teve alguma retomada, mas com clientes buscando tarifas menores, mudança à qual a GOL tem buscando se adaptar com ajustes no modelo tarifário.

Por conta da possibilidade de recuperação do yield e da volatilidade do mercado, a GOL preferiu ainda não revisar projeções financeiras, como a de margem operacional de 2 a 5 por cento em 2015. No primeiro semestre, a margem operacional ficou negativa em 2,1 por cento.

Mudanças na frota

Diante da perspectiva de reduzir sua oferta no segundo semestre, a GOL disse que pode promover ajustes em seu plano de frota.

A empresa disse ter flexibilidade no fluxo de recebimento de novas aeronaves da Boeing, cuja entrega pode ser adiada ou antecipada, assim como junto a companhias que oferecem serviços de leasing à GOL (lessors), além dos contratos de aluguel das aeronaves de sua própria frota a outras companhias (sub-leasing).

No momento, sete aeronaves de sub-leasing estão voando na Europa para atender à alta temporada, número que pode cair para quatro ou subir para dez caso necessário. "A possibilidade de respondermos rapidamente à demanda é bastante grande", disse Kakinoff.

A GOL teve prejuízo líquido de 354,9 milhões de reais no segundo trimestre, ampliando o resultado negativo de 145 milhões de reais obtido do mesmo período do ano passado.

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A menor demanda de clientes corporativos e iniciativas para atrair passageiros a lazer com preços reduzidos se refletiram, entre outros fatores, em uma redução de 10,5 por cento na receita líquida da GOL de abril a junho ante o mesmo período do ano passado.

O presidente-executivo da GOL, Paulo Kakinoff, disse que os próximos trimestres devem ser melhores que o segundo, após a companhia reduzir sua projeção de crescimento da oferta no Brasil em 2015 para uma faixa entre zero e queda de 1 por cento, ante previsão anterior de crescimento zero.

Questionado sobre o motivo de a companhia não ter previsto uma redução ainda maior diante dos números fracos de receita, Kakinoff afirmou que pouco adianta que a GOL tome a iniciativa isoladamente.

"Não faz sentido que GOL e Latam continuem reduzindo a oferta além do que já foi anunciado sem que haja o mesmo comportamento dos demais 'players'", afirmou, referindo-se às rivais Azul e Avianca. Segundo ele, uma redução de oferta em centros importantes de conexões também poderia provocar a migração de clientes para a concorrência, sem necessariamente aumentar o yield.

"Ainda assim estamos fazendo a redução porque há uma parcela da malha em que podemos fazer sem comprometer", disse.

Na avaliação do executivo, uma recuperação da economia que impacte o setor deve ocorrer em uma velocidade lenta e gradual. Em agosto, o número de passageiros já teve alguma retomada, mas com clientes buscando tarifas menores, mudança à qual a GOL tem buscando se adaptar com ajustes no modelo tarifário.

Por conta da possibilidade de recuperação do yield e da volatilidade do mercado, a GOL preferiu ainda não revisar projeções financeiras, como a de margem operacional de 2 a 5 por cento em 2015. No primeiro semestre, a margem operacional ficou negativa em 2,1 por cento.

Mudanças na frota

Diante da perspectiva de reduzir sua oferta no segundo semestre, a GOL disse que pode promover ajustes em seu plano de frota.

A empresa disse ter flexibilidade no fluxo de recebimento de novas aeronaves da Boeing, cuja entrega pode ser adiada ou antecipada, assim como junto a companhias que oferecem serviços de leasing à GOL (lessors), além dos contratos de aluguel das aeronaves de sua própria frota a outras companhias (sub-leasing).

No momento, sete aeronaves de sub-leasing estão voando na Europa para atender à alta temporada, número que pode cair para quatro ou subir para dez caso necessário. "A possibilidade de respondermos rapidamente à demanda é bastante grande", disse Kakinoff.

A GOL teve prejuízo líquido de 354,9 milhões de reais no segundo trimestre, ampliando o resultado negativo de 145 milhões de reais obtido do mesmo período do ano passado.

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