Gol devolve 13 Boeing 737, estima redução de R$ 1,1 bi na dívida líquida
"O 737 MAX será a espinha dorsal da frota, aumentando o número de assentos médios por aeronave e mantendo o custo por assento em níveis baixos", diz nota
Reuters
Publicado em 26 de dezembro de 2018 às 20h44.
São Paulo - A companhia aérea Gol anunciou nesta quarta-feira, 26, a devolução de 13 aeronaves Boeing 737 NGs, movimento que deve render à empresa uma redução de 1,1 bilhão de reais da dívida.
"As monetizações das nossas aeronaves 737-800 NGs permitem a Gol acelerar a redução da alavancagem em seu balanço", afirmou em nota o vice-presidente financeiro da empresa, Richard Lark.
Com a transação, a Gol prevê redução de 510 milhões de reais em dívida de arrendamento financeiro e um aumento de 580 milhões de reais em liquidez caixa.
O contrato foi feito com a Castlelake e Apollo Aviation.
Os aviões serão removidos da frota de forma programada no período de 2019 e 2021. Segundo a Gol, as aviões serão trocados na frota nos próximos anos por aeronaves Boeing 737 MAX-8.
"A Gol manterá sua disciplina de capacidade e esta transação reforça a flexibilidade do plano de frota", afirmou o vice-presidente de planejamento da Gol, Celso Ferrer.
Segundo a companhia, a devolução de aviões não impactará sua operação, uma vez haverá a chegada das aeronaves 737 MAX-8 de seu pedido com a Boeing e recentes arrendamentos operacionais diretos de 11 aeronaves 737 MAX-8.
"O 737 MAX será a espinha dorsal da frota da Gol, aumentando o número de assentos médios por aeronave e mantendo o custo por assento em níveis muito baixos", diz o texto.
A Gol estima que até 2023 mais de 40 por cento da frota será composta por 737 MAX e nos próximos cinco anos a transição para este novo equipamento deverá aumentar a produtividade em 24 por cento e reduzir o consumo de combustível.
"Além de menor consumo de combustível, o aumento do alcance do 737 MAX permite à Gol diversificar ainda mais sua malha aérea e operar voos internacionais para Estados Unidos e México", diz o documento.