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Galp não vê alterações em projetos no Brasil após escândalo

A Petrobras registrou um prejuízo de 21,6 bilhões de reais no ano passado após contabilizar perdas de 6,2 bilhões de reais por corrupção

Sede da Galp, em Portugal: "o 'update' estratégico da Petrobras, julgo que será apresentado dentro dos próximos dois meses", disse presidente da empresa (Divulgação/GALP)
DR

Da Redação

Publicado em 27 de abril de 2015 às 16h50.

Lisboa - A Galp Energia não espera grandes alterações em projetos no Brasil, onde é parceira da Petrobras , empresa que deverá apresentar um novo plano estratégico em breve para deixar para trás o escândalo de corrupção na qual está envolvida, afirmou o novo presidente da Galp.

"A Petrobras nesta altura só apresentou resultados, aquilo que é referente ao fechamento das contas de 2014.

O 'update' estratégico da Petrobras, julgo que será apresentado dentro dos próximos dois meses", afirmou Carlos Gomes da Silva, aprovado neste mês por acionistas como presidente da Galp.

Envolvida em um escândalo de corrupção, a Petrobras só apresentou na semana passada os resultados financeiros de 2014, aproveitando também para divulgar os do terceiro trimestre auditados, com cinco meses de atraso.

A Petrobras registrou um prejuízo de 21,6 bilhões de reais no ano passado após contabilizar perdas de 6,2 bilhões de reais por corrupção na investigação Lava Jato , e o presidente Aldemir Bendine afirmou que a divulgação dos resultados pode trazer a normalidade de volta à empresa.

A Petrobras disse na semana passada que espera apresentar seu plano de negócios para o período de 2015 a 2019 em maio.

"Não antecipamos que haja mudanças nas áreas em que a Galp está envolvida, principalmente no BM-S-11, que é para nós crítico e importante", disse Gomes da Silva, em coletiva de imprensa.

"É um projeto prioritário, é um projeto e uma área absolutamente crítica para o desenvolvimento da própria Petrobras e, portanto, nós não antecipamos qualquer alteração em relação ao que estava no plano de negócios apresentado em março do ano passado", frisou.

O bloco BM-S-11 contém o campo de Lula, principal produtor do pré-sal da Bacia de Santos. Em fevereiro, foi a segunda maior produtora de petróleo do país, com 267 mil barris por dia. Sobre o negócio de 70 bilhões de dólares anunciado pela Shell neste mês para adquirir a BG Group, parceira da Galp e da Petrobras no Brasil, o presidente respondeu que pode ser positivo para a Galp.

"Olhamos para essa operação de uma maneira muito positiva, acho que ela deu o real valor, mesmo num contexto de mercado difícil, aos ativos que a Galp dispõe no Brasil", acrescentou.

Questionado se no ambiente atual do setor a Galp pretende vender algum ativo no Brasil, o executivo declarou: "esse evento (da Shell com a BG) veio para dar maior visibilidade à Galp".

"Temos hoje o nosso plano de investimento plenamente financiado, nessa medida não antecipamos qualquer 'disposal' de ativos no Brasil," explicou.

"Ao contrário, estaremos seguramente muito atentos a todas as oportunidades, quer no Brasil quer noutras geografias, para de alguma forma sempre poder capturar mais valor," concluiu.

*Texto alterado às 16h49

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Lisboa - A Galp Energia não espera grandes alterações em projetos no Brasil, onde é parceira da Petrobras , empresa que deverá apresentar um novo plano estratégico em breve para deixar para trás o escândalo de corrupção na qual está envolvida, afirmou o novo presidente da Galp.

"A Petrobras nesta altura só apresentou resultados, aquilo que é referente ao fechamento das contas de 2014.

O 'update' estratégico da Petrobras, julgo que será apresentado dentro dos próximos dois meses", afirmou Carlos Gomes da Silva, aprovado neste mês por acionistas como presidente da Galp.

Envolvida em um escândalo de corrupção, a Petrobras só apresentou na semana passada os resultados financeiros de 2014, aproveitando também para divulgar os do terceiro trimestre auditados, com cinco meses de atraso.

A Petrobras registrou um prejuízo de 21,6 bilhões de reais no ano passado após contabilizar perdas de 6,2 bilhões de reais por corrupção na investigação Lava Jato , e o presidente Aldemir Bendine afirmou que a divulgação dos resultados pode trazer a normalidade de volta à empresa.

A Petrobras disse na semana passada que espera apresentar seu plano de negócios para o período de 2015 a 2019 em maio.

"Não antecipamos que haja mudanças nas áreas em que a Galp está envolvida, principalmente no BM-S-11, que é para nós crítico e importante", disse Gomes da Silva, em coletiva de imprensa.

"É um projeto prioritário, é um projeto e uma área absolutamente crítica para o desenvolvimento da própria Petrobras e, portanto, nós não antecipamos qualquer alteração em relação ao que estava no plano de negócios apresentado em março do ano passado", frisou.

O bloco BM-S-11 contém o campo de Lula, principal produtor do pré-sal da Bacia de Santos. Em fevereiro, foi a segunda maior produtora de petróleo do país, com 267 mil barris por dia. Sobre o negócio de 70 bilhões de dólares anunciado pela Shell neste mês para adquirir a BG Group, parceira da Galp e da Petrobras no Brasil, o presidente respondeu que pode ser positivo para a Galp.

"Olhamos para essa operação de uma maneira muito positiva, acho que ela deu o real valor, mesmo num contexto de mercado difícil, aos ativos que a Galp dispõe no Brasil", acrescentou.

Questionado se no ambiente atual do setor a Galp pretende vender algum ativo no Brasil, o executivo declarou: "esse evento (da Shell com a BG) veio para dar maior visibilidade à Galp".

"Temos hoje o nosso plano de investimento plenamente financiado, nessa medida não antecipamos qualquer 'disposal' de ativos no Brasil," explicou.

"Ao contrário, estaremos seguramente muito atentos a todas as oportunidades, quer no Brasil quer noutras geografias, para de alguma forma sempre poder capturar mais valor," concluiu.

*Texto alterado às 16h49

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