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Resultados de Tenda pressionam e Gafisa tem prejuízo

Incorporadora teve prejuízo líquido de 851 mil reais no segundo trimestre

Obra do edifício Stelato da construtora Gafisa, em Santo Amaro. (ALEXANDRE BATTIBUGLI / EXAME)
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Da Redação

Publicado em 8 de agosto de 2014 às 22h25.

Rio de Janeiro - A incorporadora Gafisa divulgou nesta sexta-feira prejuízo líquido de 851 mil reais para o segundo trimestre, em um resultado que veio abaixo do esperado por analistas e afetado pelo segmento de imóveis populares Tenda.

O resultado, porém, veio melhor que o prejuízo de 14,1 milhões de reais sofrido um ano antes e abaixo da perda de 39,8 milhões registrada nos três primeiros meses deste ano.

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A média de estimativas de analistas recolhida por pesquisa da Reuters indicava lucro líquido de 20,8 milhões de reais para a Gafisa no segundo trimestre.

O balanço da companhia saiu depois que a concorrente PDG Realty divulgou na semana passada prejuízo de 135,9 milhões de reais, também para o segundo trimestre.

A linha final do resultado da Gafisa foi pressionada pela Tenda, segmento voltado para empreendimentos de baixo padrão da companhia, que teve prejuízo de 17,9 milhões de reais no período, ante resultado negativo de 26 milhões um ano antes.

"O processo contínuo de adequação de sua estrutura de custos e despesas, a aderência e bom desempenho do novo modelo de negócios, e a menor representatividade dos fracos resultados derivados dos projetos do legado, permitirão a evolução da rentabilidade da Tenda", disse a empresa em seu relatório de resultados.

As vendas líquidas da Tenda no período, de 181,7 milhões de reais, tiveram o melhor resultado desde o último trimestre de 2011, disse a companhia.

Já a divisão Gafisa, voltada para imóveis de médio e alto padrão, lucrou 17,1 milhões de reais entre abril e junho, alta anual de 44 por cento.

A incorporadora encerrou o segundo trimestre com consumo de caixa de 1,3 milhão, enquanto que no semestre, a geração de caixa foi positiva em 19,2 milhões de reais.

A receita líquida consolidada do segundo trimestre caiu 10,3 por cento na comparação anual e encerrou junho em 574,8 milhões de reais.

A companhia já havia divulgado, em julho, lançamentos 66 por cento maiores entre abril e junho, em bases anuais. Mas na comparação com o primeiro trimestre, os lançamentos caíram 22,7 por cento.

Ao fim do primeiro semestre, a Gafisa alcançou 41 por cento do ponto médio de suas estimativas para os lançamentos no ano, de 2,1 bilhões a 2,5 bilhões de reais.

O estoque consolidado a valor de mercado aumentou em 61,9 milhões de reais no último trimestre, alcançando 3 bilhões de reais.

O estoque de Gafisa alcançou 2,3 bilhões e o de Tenda foi de 691,4 milhões de reais. O Ebitda (sigla em inglês para lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado foi de 89,8 milhões reais, redução de 4,3 por cento na mesma base de comparação.

A relação entre dívida líquida e patrimônio líquido permanece estável em 44,9 por cento desde o início do primeiro trimestre, diante de estimativas da empresa de 55 a 65 por cento para este ano.

A empresa está realizando estudos para a separação das áreas Gafisa e Tenda em duas empresas operacionalmente independentes.

No período, uma série de atividades e funções administrativas como central de serviços e departamento jurídico, foram efetivamente segregadas, e hoje já atuam de modo independente, afirmou a companhia no balanço.

"Em paralelo continuamos dando prosseguimento aos estudos relacionados às alternativas de separação das duas empresas", acrescentou a Gafisa.

A companhia terminou junho com dívida líquida de 1,4 bilhão de reais, queda de 44 por cento sobre o apurado um ano antes.

Texto atualizado às 22h23min do mesmo dia, com mais informações e novo título.
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