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Telecom Italia está indefinida após conversas de acionistas

Avionistas falharam na tentativa de chegar a um acordo sobre como reestruturar o endividado grupo

Logo da Telecom Italia é visto em um telefone público na cidade de Civitella Casanova, Itália (Marc Hill/Bloomberg)

Logo da Telecom Italia é visto em um telefone público na cidade de Civitella Casanova, Itália (Marc Hill/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 19 de setembro de 2013 às 18h51.

Milão - O presidente do Conselho de Administração da Telecom Italia, Franco Bernabe, e os principais acionistas da empresa falharam na tentativa de chegar a um acordo, durante conversas de emergência realizadas nesta quinta-feira, sobre como reestruturar o endividado grupo de telecomunicações.

Barnabe, na liderança da Telecom Italia desde 2008, quer que investidores se comprometam com um plano de investimentos de cerca de 3 bilhões de euros, destinado a reverter anos de crescimento fraco e afastar um rebaixamento de rating de crédito, disseram fontes com conhecimento do assunto.

Mas investidores importantes não querem colocar mais dinheiro no investimento que resultou em perdas, com alguns explorando a opção de vender suas ações para o investidor Telefónica antes da reunião do Conselho de 3 de outubro, disseram as fontes.

"A situação ainda está em fluxo e nenhuma decisão ainda foi tomada sobre a estrutura de acionistas", disse uma das fontes. "A reunião de 3 de outubro será decisiva".

A Telecom Italia não fez nenhum comentário sobre as negociações, que foram marcadas de surpresa na sede da empresa em Milão depois que uma reunião planejada do Conselho foi cancelada mais cedo.

Os diretores também foram pouco claros sobre a reunião, que contou com a presença, entre outros, do membro do Conselho e presidente-executivo da Telefónica, Cesar Alierta.

Tarak Ben Ammar, outro diretor, tentou aliviar a tensão dizendo que a reunião sobre a crise foi "um almoço entre amigos".

Enquanto Bernabe quer um aumento de capital para financiar o investimento, os investidores principais parecem preferir alienações, disseram as fontes à Reuters.

Alguns acionistas manifestaram particular desapontamento sobre os planos estratégicos da Telecom Italia, que lida com a recessão em casa e desaceleração do crescimento no Brasil.

"Os acionistas são contra um novo aumento de capital, eles querem que Bernabè apresente um novo plano de negócios que garante a viabilidade da empresa. Se Bernabè precisa de dinheiro, ele tem que ceder", disse uma fonte familiarizada com a situação.

A principal fonte de crescimento da Telecom Italia é o seu braço brasileiro de telefonia móvel TIM Participações, que tem um valor de mercado de cerca de 11 bilhões de dólares e a qual Bernabè só venderia por um valor muito alto.

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