Funcionários da Mercedes-Benz em São Bernardo fazem greve
A empresa comunicou a demissão de 500 dos quase 715 trabalhadores que estão em lay-off, segundo sindicato
Da Redação
Publicado em 22 de abril de 2015 às 11h41.
São Paulo - Funcionários da fábrica da Mercedes-Benz em São Bernardo do Campo decidiram entrar em greve por tempo indeterminado, após uma assembleia realizada na manhã desta quarta-feira, 22.
Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, a empresa comunicou, na última sexta-feira, 17, a demissão de 500 dos quase 715 trabalhadores que estão em lay-off, ou seja, com os contratos suspensos, até o fim deste mês.
Os demitidos não voltam ao trabalho em 4 de maio.
De acordo com o sindicato, a fábrica em São Bernardo do Campo está totalmente parada.
Dos 10 mil funcionários, cerca de 6 mil deveriam ter começado a trabalhar na parte da manhã.
Na entrada dos turnos da tarde e noite, às 14h30 e 21h, está prevista mobilização de sindicalistas na porta da unidade.
A entidade que representa a categoria informou ainda que a greve se restringe à unidade de São Bernardo do Campo.
Como outras montadoras firmaram acordos de estabilidade, se comprometendo a não demitir os funcionários, não há greves previstas em outras fábricas.
O sindicato dos metalúrgicos do ABC afirmou ainda que negociou por dois meses a manutenção dos empregos dos trabalhadores em lay-off e que agora aguarda uma posição da Mercedes-Benz para tratar da greve.
Outro lado
Procurada pelo Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado, a Mercedes-Benz confirmou a paralisação de hoje e a decisão de demitir 500 trabalhadores no dia 4 de maio.
Segundo a empresa, esSes funcionários fazem parte de um grupo de cerca de 750 pessoas que estão com contratos suspensos há quase 1 ano.
"Essa medida é necessária para a empresa tentar gerenciar o excedente em sua fábrica, que, além de os 750, tem outras 1.200 pessoas excedentes", diz, em nota.
Entre os motivos apontados pela companhia para as demissões está a forte queda de vendas de veículos comerciais no mercado brasileiro e nas exportações, com aumento de estoques na fábrica e nas concessionárias.
Além disso, a montadora afirma que a ociosidade produtiva está acima de 40% na unidade de São Bernardo do Campo e que, diante deste cenário, é preciso "adotar novas medidas e soluções mais definitivas para continuar a gerenciar o excedente de pessoas na fábrica".
A Mercedes-Benz mantém até o dia 27 de abril o Programa de Demissão Voluntária (PDV), com valor médio de nove salários.
"Isso significa assegurar a renda desses colaboradores, hoje em 'lay-off', até o início de 2016, totalizando mais de vinte meses de renda sem atividade de trabalho", diz a empresa.
A companhia informou ainda que manterá seus investimentos de R$ 3,2 bilhões, entre 2010 a 2018, para as plantas de São Bernardo do Campo e Juiz de Fora (Minas Gerais), com o objetivo de "garantir as operações de suas fábricas no País".
São Paulo - Funcionários da fábrica da Mercedes-Benz em São Bernardo do Campo decidiram entrar em greve por tempo indeterminado, após uma assembleia realizada na manhã desta quarta-feira, 22.
Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, a empresa comunicou, na última sexta-feira, 17, a demissão de 500 dos quase 715 trabalhadores que estão em lay-off, ou seja, com os contratos suspensos, até o fim deste mês.
Os demitidos não voltam ao trabalho em 4 de maio.
De acordo com o sindicato, a fábrica em São Bernardo do Campo está totalmente parada.
Dos 10 mil funcionários, cerca de 6 mil deveriam ter começado a trabalhar na parte da manhã.
Na entrada dos turnos da tarde e noite, às 14h30 e 21h, está prevista mobilização de sindicalistas na porta da unidade.
A entidade que representa a categoria informou ainda que a greve se restringe à unidade de São Bernardo do Campo.
Como outras montadoras firmaram acordos de estabilidade, se comprometendo a não demitir os funcionários, não há greves previstas em outras fábricas.
O sindicato dos metalúrgicos do ABC afirmou ainda que negociou por dois meses a manutenção dos empregos dos trabalhadores em lay-off e que agora aguarda uma posição da Mercedes-Benz para tratar da greve.
Outro lado
Procurada pelo Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado, a Mercedes-Benz confirmou a paralisação de hoje e a decisão de demitir 500 trabalhadores no dia 4 de maio.
Segundo a empresa, esSes funcionários fazem parte de um grupo de cerca de 750 pessoas que estão com contratos suspensos há quase 1 ano.
"Essa medida é necessária para a empresa tentar gerenciar o excedente em sua fábrica, que, além de os 750, tem outras 1.200 pessoas excedentes", diz, em nota.
Entre os motivos apontados pela companhia para as demissões está a forte queda de vendas de veículos comerciais no mercado brasileiro e nas exportações, com aumento de estoques na fábrica e nas concessionárias.
Além disso, a montadora afirma que a ociosidade produtiva está acima de 40% na unidade de São Bernardo do Campo e que, diante deste cenário, é preciso "adotar novas medidas e soluções mais definitivas para continuar a gerenciar o excedente de pessoas na fábrica".
A Mercedes-Benz mantém até o dia 27 de abril o Programa de Demissão Voluntária (PDV), com valor médio de nove salários.
"Isso significa assegurar a renda desses colaboradores, hoje em 'lay-off', até o início de 2016, totalizando mais de vinte meses de renda sem atividade de trabalho", diz a empresa.
A companhia informou ainda que manterá seus investimentos de R$ 3,2 bilhões, entre 2010 a 2018, para as plantas de São Bernardo do Campo e Juiz de Fora (Minas Gerais), com o objetivo de "garantir as operações de suas fábricas no País".