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FT: interesse pessoal prevalece no caso Pão de Açúcar

Briga entre Casino, Carrefour, governo brasileiro e Abilio Diniz enfraquece os objetivos de longo prazo da empresa

Na avaliação do jornal, o Casino ganhou uma importante batalha, mas não a guerra contra Abilio Diniz (Germano Lüders/EXAME)
DR

Da Redação

Publicado em 14 de julho de 2011 às 10h49.

Londres - Interesses pessoais prevalecem na batalha envolvendo o Pão de Açúcar, diz hoje artigo do Financial Times. Segundo o jornal, os objetivos de longo prazo da rede varejista brasileira estão sendo enfraquecidos pela briga entre Casino, Carrefour, governo brasileiro e Abilio Diniz, chamado de "magnata" fundador da empresa.

O FT afirma que Diniz não quer mais abrir mão do controle do Pão de Açúcar, conforme acertado no acordo com o sócio Casino em 2005. A oferta pelo Carrefour lhe daria uma posição central no novo negócio. "Parece essencialmente uma questão de interesse pessoal."

O Casino se posicionou contra a transação e a polêmica fez o governo brasileiro voltar atrás e desistir do apoio dado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). "Tudo isso é embaraçoso para o magnata brasileiro, assim como para o Carrefour e seus intrometidos minoritários ativistas."

Na avaliação do jornal, o Casino ganhou uma importante batalha, mas não a guerra. Isso porque o presidente da empresa, Jean-Charles Naouri, deve se apegar às "armas legais" e acabar assumindo o controle do Pão de Açúcar em 2012. Mas ainda terá de lidar com um "incômodo parceiro local, cujos interesses estão claramente em outro lugar, e com muitos amigos políticos poderosos". "Naouri pode ser o Einstein do varejo de massa, mas quando interesses pessoais estão misturados com negócios, muita relatividade entra em jogo."

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O FT afirma que Diniz não quer mais abrir mão do controle do Pão de Açúcar, conforme acertado no acordo com o sócio Casino em 2005. A oferta pelo Carrefour lhe daria uma posição central no novo negócio. "Parece essencialmente uma questão de interesse pessoal."

O Casino se posicionou contra a transação e a polêmica fez o governo brasileiro voltar atrás e desistir do apoio dado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). "Tudo isso é embaraçoso para o magnata brasileiro, assim como para o Carrefour e seus intrometidos minoritários ativistas."

Na avaliação do jornal, o Casino ganhou uma importante batalha, mas não a guerra. Isso porque o presidente da empresa, Jean-Charles Naouri, deve se apegar às "armas legais" e acabar assumindo o controle do Pão de Açúcar em 2012. Mas ainda terá de lidar com um "incômodo parceiro local, cujos interesses estão claramente em outro lugar, e com muitos amigos políticos poderosos". "Naouri pode ser o Einstein do varejo de massa, mas quando interesses pessoais estão misturados com negócios, muita relatividade entra em jogo."

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