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France Télécom tem mais de 2 mil funcionários com risco de suicídio

Para resolver esse problema, a empresa realiza `conferências sanitárias´ trimestrais e reuniões individuais em casos mais urgentes

Prédio da Orange, marca comercial utilizada pela France Télécom (.)

Prédio da Orange, marca comercial utilizada pela France Télécom (.)

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Da Redação

Publicado em 8 de julho de 2010 às 16h37.

São Paulo - O operador de telecomunicações France Télécom tem contabilizados entre 2 mil e 2,5 mil empregados na França que apresentam algum tipo de fragilidade psicológica, cujos casos são tratados em "conferências sanitárias trimestrais" para evitar suicídios.

A informação foi revelada hoje por Stéphane Richard, diretor-geral da Orange (marca comercial da France Télécom), ao apresentar à imprensa um plano para cinco anos que inclui uma estratégia para combater a onda de dezenas de suicídios que afetou à empresa nos últimos anos.

Richard precisou que, além dessas "conferências sanitárias trimestrais" centralizadas, também serão realizadas reuniões para fazer um acompanhamento das pessoas sob risco.

Especificou que é difícil determinar quem pode ser suscetível a problemas deste tipo e advertiu que, embora seja "insuportável" que exista um só suicídio relacionado ao trabalho, não se pode esperar que não aconteçam novos episódios até o final do ano.

Ao detalhar as razões do plano "Conquistas 2015", o "número um" do gigante francês de telecomunicações, cujo quadro de funcionários mundial é de 180 mil pessoas, afirmou que "este projeto não foi elaborado para responder a situação na França", mas ao mesmo tempo "deve responder aos problemas franceses".

Por isso, foram feitos esforços para a assinatura de sete acordos com os representantes dos trabalhadores na França, onde "é preciso reconstruir um verdadeiro pacto social" com a fixação de regras, direitos e deveres.


Uma das formas de alcançá-lo é introduzir mais responsabilidade na gestão dos recursos humanos, para o qual a Orange vai criar, a partir de janeiro de 2011, uma rede de "campus" para a formação de seus 20 mil empregados com responsabilidade sobre outros trabalhadores da companhia.

Richard indicou que, dentro da política de promoção da igualdade de gênero, a France Télécom deverá ter em 2015 ao menos 35% de seus diretores mulheres, percentagem que equivale ao peso destas no total do quadro de funcionários.

Também anunciou que depois da entrada de novos empregados ficar praticamente paralisada na França nos últimos 15 anos, entre 2010 e 2012 serão contratadas 10 mil pessoas, sobretudo para compensar as aposentadorias.

O diretor-geral lembrou que a média de idade da Orange agora é superior aos 47 anos na França e, em 2018, mais da metade dos assalariados estarão aposentados.


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