Negócios

Foxconn diz que precisa de tempo para reduzir horas extras

Grupo de tecnologia disse que precisa de mais tempo depois que monitores de trabalho designados pela Apple afirmaram que a redução da jornada seria um desafio


	Operário da Foxconn monta o iPad na China: empresa foi fortemente criticada por uma série de suicídios e acidentes com funcionários desde 2010
 (Reprodução)

Operário da Foxconn monta o iPad na China: empresa foi fortemente criticada por uma série de suicídios e acidentes com funcionários desde 2010 (Reprodução)

DR

Da Redação

Publicado em 17 de maio de 2013 às 09h42.

Taipé - O grupo de tecnologia Foxconn disse na sexta-feira que precisa de mais tempo para reduzir horas extras em fábricas na China, depois que monitores de trabalho designados pela Apple, principal cliente da empresa, afirmaram que a redução da jornada até 1º de julho seria um desafio.

A Apple pediu à Fair Labor Association (FLA) no ano passado para avaliar as condições de trabalho nas fábricas da Foxconn, após a empresa controladora pela Hon Hai Precision Industry ser fortemente criticada por uma série de suicídios e acidentes com funcionários desde 2010.

Em um terceiro relatório, a FLA disse que a Foxconn tinha resolvido 98 por cento dos problemas levantados na avaliação inicial, incluindo corte de jornada e de horas extras, melhoria de condições de saúde e segurança, aumento de participação do sindicato. A empresa emprega mais de um milhão de funcionários em fábricas na China.

A Foxconn, no entanto, enfrentou desafio de fazer mais cortes de horas extras para os padrões das normas estabelecidas pela legislação chinesa até a data prevista, segundo o relatório, que foi divulgado na quinta-feira. A lei estipula um máximo de 40 horas de trabalho mais nove horas extras por semana.

"Precisamos de mais tempo com o prazo", afirmou o porta-voz da Foxconn, Louis Woo, à Reuters. "Não conseguimos dizer quando poderemos cumprir a meta agora. Estamos tentando chegar a um calendário realista." Muitos trabalhadores da Foxconn, migrantes de várias partes da China, opõem-se a uma redução das horas extras, porque querem ganhar a maior quantidade de dinheiro possível em um curto espaço de tempo. Alguns trabalhadores disseram que podem deixar a empresa, se as horas extras forem cortadas.

A Hon Hai, maior fabricante terceirizada de eletrônicos do mundo, obtém cerca de 60 a 70 por cento de sua receita de contratos com a Apple.

Acompanhe tudo sobre:EmpresasIndústrias em geralEmpresas americanasempresas-de-tecnologiaTecnologia da informaçãoIndústriaAppleEmpresas chinesassetor-eletroeletronicoFoxconn

Mais de Negócios

'Algumas situações podem ser potencializadas com IA, mas com limites', diz diretora do Dante

Construtora de residencial mais alto de BC projeta dobrar vendas em 2026

Banco da Amazônia anuncia nova unidade em São Paulo

De trailer usado a negócio de US$ 500 mil: a cafeteria móvel que virou caso de gestão lucrativa