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Ford vê políticas de Trump com "otimismo" e prevê benefícios

O presidente da Ford declarou que os primeiros passos dados por Trump desde que assumiu a presidência dos Estados Unidos foram "muito positivos"

Ford: "Acredito que a reforma tributária estará entre suas principais prioridades", afirmou Fields (Carlos Jasso/Reuters)
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EFE

Publicado em 26 de janeiro de 2017 às 17h06.

Washington - A Ford vê com "otimismo" as políticas do governo do presidente Donald Trump para o setor industrial americano em geral, principalmente o automotivo, e acredita que será uma das principais beneficiadas com possíveis tarifas sobre as importações do México.

O presidente da Ford, Mark Fields, declarou nesta quinta-feira durante uma teleconferência com analistas financeiros e veículos de imprensa que os primeiros passos dados por Trump desde que assumiu a presidência dos Estados Unidos foram "muito positivos".

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"Acredito que a reforma tributária estará entre suas principais prioridades", assim como políticas que produzem "investimento e emprego no setor manufatureiro e automotivo dos Estados Unidos", afirmou Fields, que foi convidado por Trump para dois cafés da manhã de trabalho na Casa Branca desde que assumiu o cargo.

Bob Shanks, diretor financeiro da Ford, acrescentou que a empresa trabalha atualmente com vários cenários de políticas fiscais e tarifas que Trump pode impor às importações do México e que indicam que a empresa tem uma vantagem competitiva com os rivais no setor.

"Estamos em uma ótima posição em termos de importações e exportações tanto em veículos como em componentes. E quando a combinamos com outros aspectos do plano de menores impostos e outras medidas, chegamos a um ponto de vista positivo", disse Shanks.

"Em termos de importação de veículos, estamos em uma ótima posição em comparação com nossos rivais. Se o que estamos vendo for aprovado, pode ter um impacto negativo para eles. Para nós, é bastante atrativo", comentou o diretor financeiro.

Fields acrescentou que quer estar presente na reunião que decidirá "reformas comerciais, tributárias e normativas" e que pretender transformar a Ford em uma "confiável fonte de informação" para Trump.

"Vamos seguir defendendo uma reforma tributária global. A parte do ajuste fronteiriço é muito interessante para nós porque somos o maior produtor de veículos nos Estados Unidos e um dos principais exportadores", continuou.

Fields insistiu que a Ford é "a principal fabricante (de automóveis) nos Estados Unidos e não uma das principais fabricantes no México", e calculou em US$ 200 milhões o impacto do cancelamento do investimento de US$ 1,6 bilhão no México para construir uma nova fábrica de montagem.

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