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Fogo de Chão renova restaurantes e abre unidades de olho nos millenials

Rede renova restaurantes com bar, área de charutos e refrigerador a seco para cortes nobres; meta é abrir ao menos 8 unidades ao ano e ganhar a Europa e a Ásia

Unidade Bandeirantes da Fogo de Chão, em São Paulo: renovação trouxe bar, área para charutos e refrigeração a seco para carnes nobres (Fogo de Chão/Divulgação)

Mariana Desidério

Publicado em 20 de maio de 2022 às 07h00.

Última atualização em 20 de maio de 2022 às 08h36.

A tradicional churrascaria Fogo de Chão está renovando suas unidades com foco em fidelizar os clientes mais jovens que frequentam a rede. A companhia tem ainda o plano de abrir entre 8 e 10 restaurantes ao ano nos próximos anos, o que representa um crescimento de 15% ao ano.

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“A Fogo de Chão sempre foi uma marca inovadora. Durante a pandemia nos voltamos para a arte culinária do que fazemos e investimos para oferecer novas experiências ao cliente”, afirmou Barry McGowan, CEO da rede, em entrevista à EXAME.

O plano de expansão vem após a rede mudar de dono. Em 2018, a Rhône Capital adquiriu o negócio por 560 milhões de dólares. Fundada no Brasil em 1979 no Brasil, a Fogo de Chão tem 57 restaurantes, sendo mais de 30 nos Estados Unidos e oito no Brasil. Com o novo plano de expansão, a rede volta a crescer em seu país de origem.

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Crescimento nas Américas, Europa e Ásia

De imediato, o crescimento está focado principalmente nas Américas. A rede já abriu uma nova unidade no Brasil – no shopping Morumbi. Inaugurada no final do ano passado, a unidade possui uma churrasqueira no estilo península, em que o cliente pode acompanhar de perto o preparo da carne. Em junho v ai abrir mais uma unidade na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. O plano de expansão em 2022 inclui ainda ao menos cinco unidades nos Estados Unidos e uma no México.

No médio prazo, há também o plano de ampliar a presença da marca em outras regiões, como Ásia e Europa. “Nossa meta é colocar a Fogo de Chão e compartilhar a cultura brasileira em todas as grandes capitais do mundo. É para isso que estamos trabalhando”, diz o CEO.

Refrigerador a seco e bar de charutos

A rede também está renovando os restaurantes já existentes. Recentemente, reinaugurou as lojas de Moema e Bandeirantes, em São Paulo. Além das novidades no design e da arquitetura, os restaurantes ganharam novos equipamentos que prometem enriquecer a experiência gastronômica. Agora, eles contam com um refrigerador a seco para cortes nobres – chamado de Dry Age Cabinet.

Nesse modelo, algumas carnes selecionadas, como T-Bone e Tomahawk, ficam armazenadas em um armário especial e passam pelo processo de maturação a seco, mantendo temperatura e umidade controladas durante 32 dias. O processo dá mais sabor e suculência à peça. Hoje todas as unidades da rede em São Paulo e Rio de Janeiro já possuem essa tecnologia.

A unidade Bandeirantes ganhou ainda um bar, batizado de Bar Fogo, que oferece um cardápio com preços especiais e drinks para o happy hour, além de uma área dedicada aos apreciadores de charutos.

50% millenials

A expansão e a atualização das lojas são parte da estratégia da Fogo de Chão para se manter conectada com seu público alvo, afirma o CEO. Segundo McGowan, 50% dos clientes da Fogo de Chão são millenials.

“Estamos adaptados para qualquer ocasião e desenhando nossos restaurantes para sermos mais convenientes e gerar mais valor, e assim continuar crescendo organicamente”, diz.

Histórico

A Fogo de Chão foi criada em 1979, com um restaurante em Porto Alegre (Rio Grande do Sul). A rede chegou aos Estados Unidos 18 anos depois, em 1997, com um restaurante em Dallas (Texas).

A ideia dos gaúchos encontrou uma similaridade cultural no estado do Texas. Com a marca reconhecida no estado, a Fogo de Chão conseguiu expandir para estados culturalmente mais distantes do campo e do churrasco, como Califórnia, Illinois, Kansas e Nova York.

Em 2017, a Fogo de Chão faturou mais de 300 milhões de dólares. A margem de lucro de cada restaurante ronda os 30%. A rede foi vendida por 560 milhões de dólares para o fundo de private equity Rhone Capital em fevereiro de 2018 e não divulga números de faturamento atualizados.

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