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First Data faz parceria com Bancoob para estrear em cartões

Norte-americana quer atuar como rede adquirente, concorrendo com as gigantes Rede, do Itaú Unibanco, e Cielo


	Máquina de cartão de crédito: indústria de meios eletrônicos de pagamentos do país tem crescido uma média de 19 por cento nos últimos 5 anos
 (Jair Magri/Guia Quatro Rodas)

Máquina de cartão de crédito: indústria de meios eletrônicos de pagamentos do país tem crescido uma média de 19 por cento nos últimos 5 anos (Jair Magri/Guia Quatro Rodas)

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Da Redação

Publicado em 15 de janeiro de 2014 às 08h09.

São Paulo - A empresa norte-americana de meios de pagamentos eletrônicos First Data anunciou parceria com o Bancoob, que integra o maior sistema de cooperativas financeiras do país (Sicoob) para atuar como rede adquirente, concorrendo com as gigantes Rede, do Itaú Unibanco, e Cielo.

A parceria vai explorar o mercado em cidades pequenas e médias do país, indicando que o aumento da demanda por cartões será suficiente para ganhar musculatura. O plano dos sócios é ter uma fatia de até 10 por cento do setor nos próximos cinco anos, disse à Reuters a presidente da First Data no Brasil, Deborah Guerra.

O objetivo é que a plataforma de adquirência inicie as operações até junho.

O presidente do Bancoob, Marco Aurélio Almada, descartou taxas mais agressivas nas MDRs, taxas que as redes cobram dos lojistas para liquidar as operações, como meio de conquistar clientes de rivais.

"Nós não temos intenção de alterar a realidade econômica do mercado de credenciamento", disse Almada. "Nós não nos vemos cobrando taxas diferentes das praticadas hoje no mercado." A decisão da First Data de entrar no Brasil, um mercado que movimentou cerca de 850 bilhões de reais em 2013, ocorre num momento de aumento da competição no setor, que se beneficia da gradual substituição de meios como cheque e dinheiro por meios eletrônicos para pagar transações.


De acordo com a Abecs, entidade que representa o setor, a indústria de meios eletrônicos de pagamentos do país tem crescido uma média de 19 por cento nos últimos 5 anos e pode se expandir entre 15 por cento e 18 por cento nos próximos anos.

Competição

Segundo os executivos, a expansão fora das grandes metrópoles do país pode ser um poderoso motor de crescimento. Níveis de penetração para o negócio de cartões, que são atualmente cerca de 30 por cento das despesas de consumo privado, são baixos no Brasil em comparação com seus pares globais, mas acima de outros países latino-americanos.

Resultados na Cielo, maior credenciadora do Brasil e a única listada no Brasil, têm se mostrado resilientes ao longo dos últimos três anos, apesar de o consumo e o crescimento econômico terem tido ritmos mais fracos nos últimos anos.

Analistas como Carlos Macedo, do Goldman Sachs, preveem que a concorrência no setor de cartões vai aumentar neste ano, impulsionada por uma postura mais agressiva do Itaú Unibanco e os novos operadores - como a First Data. Itaú fechou o capital da Redecard, depois mudou seu nome para Rede e integrou-a em sua plataforma de financiamento ao consumidor.

Nos últimos anos, o Citigroup e o Banco Santander Brasil também já aumentaram a suas unidades de adquirência no Brasil para aproveitar uma onda de pagamentos com cartão.

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