Londres - O CEO da Rio Tinto Group, Sam Walsh, disse que a filosofia da Glencore Plc, focada no comércio, constituiria um impedimento significativo para uma fusão entre as duas companhias mineradoras.
“Somos duas organizações totalmente diferentes”, disse Walsh em entrevista à Bloomberg Television em Londres. “Nós somos uma organização muito focada no longo prazo. A Glencore é uma trading company, o foco dela é de muito curto prazo. É uma filosofia muito diferente da nossa”.
A Rio Tinto rejeitou em julho uma aproximação da Glencore para fusionar as duas empresas e criar a maior companhia mineradora do mundo, com um valor de mercado combinado de cerca de US$ 150 bilhões. As origens da Rio Tinto datam de 1873, quando financiou a reabertura de antigas minas de cobre no Río Tinto (“rio vermelho”) da Espanha. A Glencore foi fundada pelo comerciante de commodities Marc Rich em 1974.
“As relações de longo prazo com governos, clientes, fornecedores e com os nossos funcionários são importantes para nós”, disse Walsh. “São parte dos nossos valores, da integridade na forma em que fazemos negócios”.
Um porta-voz da Glencore não quis comentar. A unidade de comércio da empresa se beneficia de suas relações com os clientes, que dão ao grupo uma inteligência do mercado incomparável, disse o CEO Ivan Glasenberg, em agosto.
A Glencore, que comercializa commodities como petróleo e algodão, além de extrair minerais, disse em outubro que já não estava analisando a possibilidade de realizar uma oferta pela Rio Tinto, o que efetivamente a proíbe de realizar outra oferta durante seis meses, conforme as leis de aquisições do Reino Unido.
Hedge funds
Uma fusão de ambas as empresas é quase inevitável, disse Ian Hannam, ex-negociador do JPMorgan Chase Co., a um grupo de cerca de vinte hedge funds em Londres no mês passado, segundo fontes do setor. A confiança em uma combinação está aumentando entre os investidores, segundo a Macquarie Group Ltd.
“No final das contas, é claro que ela será conduzida pelo valor, mas é preciso considerar esses atributos que descrevi no que tange ao modo em que eles geram valor”, disse Walsh. “Claramente, considerando isso, haverá muito o que verificar quanto ao nosso negócio e ao negócio deles”.
A questão de se a Rio Tinto está esperando uma nova aproximação da Glencore pode ser respondida melhor pelo presidente da empresa, Tony Hayward, disse Walsh.
A Rio Tinto reduziu mais de US$ 4 bilhões em custos desde o começo do ano passado e diminuiu a dívida em US$ 6 bilhões nos 12 meses até 30 de junho, disse ele.
Retornos maiores
Devido ao desmoronamento dos preços das commodities, dar mais dinheiro aos investidores é visto como parte da estratégia da Rio Tinto para reforçar o apoio dos detentores de títulos. Falando com investidores em Londres ontem, Walsh disse que ele conseguiu que o conselho da Rio Tinto se comprometesse na semana passada a aumentar os retornos no ano que vem. Segundo sua descrição, o aumento será “material” e sustentável.
A Rio Tinto pagou US$ 3,6 bilhões em dividendos no ano passado, frente a US$ 3,1 bilhões em 2012. O impulsionador fundamental dos lucros da empresa, o minério de ferro, perdeu quase a metade do valor neste ano, o que levou analistas da Macquarie e do JPMorgan a prever que talvez a Rio Tinto precise assumir mais dívidas para financiar seu dividendo no ano que vem.
“Desconfio que algumas surpresas estão reservadas para as pessoas em fevereiro e não posso me antecipar nisso”, disse Walsh, sorrindo. Ele não quis comentar se será necessário contrair dívidas para cobrir o dividendo planejado. “Tradicionalmente, tomamos essa decisão em fevereiro. Não vamos nos distrair. Vamos seguir nosso plano de jogo, não o dos outros”.
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1. 1º - Vale
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1/15 (Divulgação/Vale)
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2. 2º - Samarco
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3. 3º - CBMM
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3/15 (Divulgação/CBMM)
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4. 4º - Alunorte
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4/15 (Divulgação/Agência Vale)
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5. 5º - Namisa
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5/15 (Germano Lüders/EXAME.com)
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6. 6º - Magnesita
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6/15 (Divulgação/Magnesita)
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7. 7º - Votorantim Metais Zinco
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7/15 (Divulgação)
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8. 8º - Votorantim Metais Níquel
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8/15 (Divulgação)
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9. 9º - Hispanobras
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9/15 (Divulgação/ Vale)
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Vendas (em U$ milhões) | 720,2 |
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10. 10º - BHP Billiton
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10/15 (Ryan Pierse/Getty Images)
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11. 11º - Mineração Maracá
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11/15 (Divulgação)
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12. 12º - Kinross Paracatu
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12/15 (Divulgação)
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13. 13º - MRN
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13/15 (André Valentim/EXAME.com)
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14. 14º - Anglo American
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14/15 (Germano Lüders/EXAME.com)
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Vendas (em U$ milhões) | 345,5 |
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15. 15º - Usiminas
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15/15 (Iugo Koyama/VEJA)
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Controle | Brasileiro |
Vendas (em U$ milhões) | 339,4 |