Filha de Botín é aposta forte para presidir Santander
Ana Patricia Botín é citada como a possível substituta do pai no cargo máximo do banco
Da Redação
Publicado em 10 de setembro de 2014 às 08h46.
Londres - Ana Patricia Botín, filha de Emilio Botín, morto na madrugada desta quarta-feira, aos 79 anos, após sofrer um ataque cardíaco, é citada como a possível substituta do pai no cargo máximo do Banco Santander .
Nascida em 1960, a economista é atualmente presidente executiva do Santander Reino Unido e é encarada por muitos analistas como a sucessora natural de Botín na dinastia que comanda a casa que já tem mais de 150 anos.
A executiva atualmente mora em Londres, mas já está na Espanha para acompanhar o velório.
Ana Patricia Botín-Sanz de Sautuola y O'Shea é uma das representantes da nova geração da família com atuação executiva mais forte nos últimos anos.
Nascida na pequena cidade de Santander, balneário no norte da Espanha e berço do banco, se formou em economia e começou a carreira na concorrência. De 1981 a 1988, a filha do banqueiro ocupou cargos no JP Morgan.
Depois da passagem pela instituição norte-americana, Ana Patricia voltou à instituição da família para ocupar o primeiro cargo de direção do Santander, em 1989.
Em 1992, passou a vice-presidente-executiva do banco e, entre 2002 e 2010, foi presidente do Banesto, instituição local absorvida pelo Santander.
Em seguida, foi alçada à presidência-executiva do Santander Reino Unido, unidade com os resultados financeiros que mais cresceram nos últimos trimestres.
A experiência executiva em várias áreas do grupo e a atuação próxima do pai explicam a aposta em seu nome como sucessora. A sucessão, porém, era um tema tabu para o patriarca.
Sempre que questionado, respondia com bom humor que gozava de boa saúde e não era preciso debater o tema. A decisão sobre sua sucessão deverá ser tomada ainda nesta quarta-feira, 10, em reunião do conselho, em Madri.
Pelas regras de governança, o presidente do banco deverá ser escolhido entre os membros do conselho que, com a morte de Emilio Botín, passa a ter 14 nomes, inclusive Ana Patricia Botín.
Entre os membros do grupo estão também o presidente-executivo Javier Marín e o primeiro-vice-presidente-executivo Fernando de Asúa Álvarez, além de outros membros independentes e representantes da família com menor atuação executiva.